RESUMO
Código: 144
Tema: Governança e dividendos

 

Abrir
Arquivo

 
Transparência e Risco: Um Estudo Sobre O Gerenciamento de Resultados no Brasil
 

Para Bushman e Smith (2003) a transparência, visa garantir aos acionistas minoritários o recebimento de informações confiáveis sobre o valor da empresa e de seus investimentos, além de garantir que os gestores e acionistas majoritários não farão mau uso do poder conferido a eles. Também permite uma avaliação acertada das oportunidades de investimento no mercado financeiro, reduzindo assim a assimetria informacional e o custo de capital próprio da empresa (CASTRO JUNIOR, CONCEIÇÃO e SANTOS, 2011)

Esse estudo responde ao seguinte problema: Qual a relação existente entre o nível de transparência e o risco das empresas não-financeiras negociadas na BM&F Bovespa entre os anos de 2002 a 2012? Assim, o objetivo é investigar a relação entre a transparência, medida pelo gerenciamento de resultados, e o risco nas empresas não-financeiras negociadas na BM&FBovespa entre os anos de 2003 a 2012, pressupondo como hipótese que, quanto maior o grau de transparência menor será o risco da empresa.

Wong (2009) destaca que a transparência é o mecanismo de Governança mais valorizado, pois reduz ativamente o conflito de agência. Tomando como proxy de transparência as variáveis de gerenciamento de resultado de Leuz, Nanda e Wysocki (2003) e regredindo contra as proxies de risco beta do CAPM e o WACC, a revisão bibliográfica desse estudo sustenta a hipótese de que quanto maior a transparência menor será o risco da firma – Correia (2008), Skaife, Collins e Lafond (2004) e de Lameira (2007).

Para mensurar a transparência utilizou-se como proxies as variáveis de gerenciamento de resultados propostas por Leuz, Nanda e Wysocki (2003). Já para o risco, empregou-se o beta, conforme o Modelo de Precificação de Ativos (CAPM) e o Custo Médio Ponderado de Capital (WACC). Para verificar uma associação entre as variáveis utilizaram-se regressões em painéis desbalanceados.

Corroborando com Salmasi (2007) e Peixoto (2012) mas contrariando Skaife, Collins e Lafond (2004) e de Lameira (2007) encontrou-se relação positiva e significante entre o beta do CAPM e a transparência. Por outro lado, quando utilizado o WACC, vai ao encontro de Skaife, Collins e Lafond (2004) e de Lameira (2007) ao encontrar relação negativa e significante entre WACC e a transparência.