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Mercados Preditivos (MPs) permitem prever eventos futuros a partir da agregação de informações dispersas entre os participantes e suas características permitem seu uso como ferramenta de ensino e aprendizagem. Estuda-se aqui o MP como Arquitetura Pedagógica Inovadora, que propicia autonomia, aprendizado significativo para a vida, colaboração, e têm seu centro no estudante e na aprendizagem. Aplicou-se, sob tal perspectiva, o MP em um ambiente escolar de graduação e pós-graduação em Administração
Problema: Quais são os benefícios e desafios no uso de Mercados Preditivos como Arquitetura Pedagógica Inovadora (API) em cursos de administração e as diferenças entre a aplicação em cursos de graduação e pós-graduação?
Objetivos: Testar o uso de MPs como API no ensino da técnica de regressão linear; comparar a aplicação da ferramenta entre cursos de graduação e pós-graduação; entender o que motiva a participação dos alunos no MP; verificar de que modo a ferramenta pode embasar uma API.
Os MPs são mecanismos de previsões acerca de eventos futuros específicos por meio da agregação de informações detidas por um grande grupo de indivíduos (WOLFERS; ZITZEWITZ, 2004; BUCKLEY et al, 2011). APs são estruturas compostas por aspectos organizacionais, conteúdos, metodologia e tecnologia (BEHAR, 2011). São inovadoras quando propiciam e instigam a autonomia (NOVAK, 2002), aprendizado significativo (AUSUBEL, 2000), colaboração e aprendizagem ativa (SAWYER, 2006)
Pesquisa descritiva de caráter exploratório em uma das principais universidades brasileiras com destaque no ensino de administração. Execução de dois Mercados Preditivos que tiveram, respectivamente, a inscrição de 26 alunos da pós-graduação e 64 alunos da graduação em administração. Os dados coletados compreendem tanto as informações de registro do sistema, quanto informações obtidas com o método survey, por meio da aplicação de um questionário estruturado para os participantes dos mercados.
O uso dos MPs no ensino do conteúdo da regressão linear gerou melhores resultados entre os alunos da pós-graduação. Entre os fatores que motivam a participação discente, há um potencial significativo a ser explorado em relação ao conhecimento prévio, à sua autonomia e iniciativa em buscar mais dados a respeito do fenômeno estudado. O estudo destaca o desafio do professor em oferecer atividades significativas, feedback frequente e avaliação formativa, ou seja, ao longo do uso da arquitetura.
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