RESUMO
Código: 216
Tema: Excelência em Operações - Qualidade, Produtividade e Lean Production

 

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O Ciclo Pdca em Seus Ciclos Não Vistos: Buscando A Compreensão Além da Prescrição
 

O ciclo PDCA é uma ferramenta consolidada nos estudos de qualidade, porém, carece da inserção, em si, de definição do papel de liderança ao seu executar: quem faz o quê no fluxo do processo? É um questionamento que perdura sem resposta. Este estudo teórico conceitual insere no debate os papéis do fazedor, supervisor e seguidor de regra, quando da ativação do PDCA.

O presente trabalho surge da identificação do não aprofundamento teórico conjunto do tema rotinas e qualidade. Partiu-se do pressuposto de haver a oportunidade de inserção dos papéis de fazedor, supervisor e seguidor de regras, para entender a liderança da qualidade. O trabalho tem por intuito discutir o PDCA e Rotinas. Ao seu término, pretende-se chegar a um PDCA associando, após o que alega as teorias revistas, os papéis a cada uma de suas etapas.

O entendimento do ciclo PDCA como ferramenta simples (DEMING, 1994), contrapondo com o conceito de Rotinas Organizacionais, em seus aspectos ostensivos, de cunho conceitual e performativos, visualizados no comportamento prático (FELDMAN, 2003), que são representados nos e influenciados por artefatos (PENTLAND; FELDMAN, 2005; 2008). Contudo, pessoas desenvolvem papéis ante rotinas (WEICHBRODT; GROTE, 2010), que mudam a estratégia pretendida no curso da ação (WHITTINGTON, 1996).

O método desenvolvido recaiu na revisão de literatura de três áreas de conhecimento distintas: (1) Qualidade, com o seu ciclo PDCA; (2) Rotinas, com a definição de seus aspectos, regras, artefatos e papéis ante o seu performar; e (3) Estratégia como prática, a fim de respaldar o cunho estratégico das ferramentas da qualidade. Portanto, trata-se de um estudo teórico exploratório em conceitos e teorias que não tinham antes proximidade entre si.

O trabalho demonstra uma nova modelagem para o PDCA, inserindo, em seu ciclo, os ciclos (1) das rotinas organizacionais (PENTLAND; FELDMAN, 2008) e (2) da aprendizagem nas rotinas por meio da sua performatividade (FELDMAN, 2000); também, considera (3) a interseção dos três P’s da Estratégia como Prática (JARZABKOWSKI, BALOGUN; SEIDL, 2007), e (4) a inserção dos três papéis de Weichbrodt e Grote (2010) de fazedor, supervisor e seguidor de regra, para melhor compreender o PDCA.