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Evidencia-se uma crise na sociedade industrial no qual o paradigma hegemônico dominante já não convém. As ciências sociais aplicadas deparam-se com a necessidade tanto de compreender as causas reais da crise quanto de repensar novas práticas sociais.
Nesse contexto organizações que procuram orientar-se por princípios que não os da lógica de mercado deparam-se com conflitos entre o tipo de racionalidade que pauta as suas ações e o tipo de racionalidade que guia o seu propósito social.
Diante das demandas sociais que não são atendidas pelas teorias e práticas dominantes a gestão social surge como uma alternativa à gestão estratégica ao preconizar a emancipação do sujeito pautada pelos princípios da cidadania deliberativa. Tendo em vista esse contexto o objetivo do presente trabalho é analisar o processo de tomada de decisão no Projeto Amanhecer sob a ótica da gestão social a partir das categorias de análise “quem participa” e “como participa” apontadas por Castellà e Parés.
O termo gestão social, em sua origem, estava relacionado às políticas públicas sociais e gestão de empresas do terceiro setor (CANÇADO, 2014) sendo, muitas vezes, associado às noções de cidadania corporativa ou de responsabilidade social, porém nos últimos anos o termo tem se consolidado como a possibilidade de caracterizar os esforços para delimitar uma nova forma de problematizar e gerir realidades sociointeracionais (BOULLOSA e SCHOMMER, 2008).
O estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa do tipo descritiva e aplicada na qual os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas e da observação não-participante. comportamentos.
Foi realizada a análise qualitativa dos dados através do confronto crítico e reflexivo dos pressupostos teóricos evidenciados e a realidade observada através do estudo de caso aplicado
. Com base no confronto crítico e reflexivo dos pressupostos teóricos evidenciados e a realidade observada pode-se constatar que, de forma geral, o processo de participação na tomada de decisão no Projeto Amanhecer pode ser considerado como um aspecto que legitima a gestão social já que possibilita um processo de discussão em que diferentes sujeitos que fazem parte do projeto podem interagir de forma igualitária na tomada de decisão por meio de um espaço aberto a todos os integrantes
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