RESUMO
Código: 333
Tema: Temas emergentes e modismos em gestão de pessoas

 

Abrir
Arquivo

 
Faces da Gestão do Teletrabalho: Um Estudo Com Telegerentes
 

As metamorfoses que o mundo do trabalho tem sofrido ao longo das últimas cinco décadas pelo acúmulo de tecnologia, exigiu das organizações uma gestão flexibilizada da produção, configurando novos tipos de organização do trabalho, dentre elas, o teletrabalho (TOSE et al., 2009). O avanço tecnológico influenciou os processos informacionais, automatizando processos e expandindo sua capacidade de processamento e armazenamento, e também, os processos organizacionais, viabilizando a conectividade entr

Manifestam-se novos desafios à gestão de pessoas, principalmente em relação à gerência exercida via teletrabalho. Os paradigmas da supervisão, do controle, da presença, da descentralização, da autonomia no trabalho, da confiança no trabalhador, tomam a pauta de uma discussão ainda incipiente no cenário brasileiro. Diante de tal panorama, este estudo buscou identificar quais são os aspectos que caracterizam o trabalho do telegerente na gestão de teletrabalhadores.

Para Nilles (1997, p. 15), teletrabalho é levar o trabalho aos trabalhadores, em vez de levar estes ao trabalho; atividade fora do escritório, seja em casa ou em um centro de telesserviço, o que envolve substituir as viagens ao trabalho por tecnologias de informação. Há um movimento inverso ao período da Revolução Industrial, pois agora o trabalho retorna para a casa do trabalhador contemporâneo. Costa (2013, p. 463) afirma que o teletrabalho “faz desaparecer as fronteiras de espaço e de tempo

Optou-se pela abordagem qualitativa, por possibilitar a compreensão de aspectos inerentes ao comportamento humano. O instrumento adotado foi a entrevista semiestruturada, por permitir um processo de interação social entre entrevistador e entrevistado, com o objetivo de obter informações relativas a valores, atitudes e opiniões do sujeito. A análise a seguir foi desenvolvida a partir de quatro categorias (Gestão Flexibilizada; Modelo de Gestão; Catalisação de Resultados; Perfil do Telegerente), e

Os entrevistados foram unânimes quanto à tecnologia permitir a dissociação do trabalhador e o local de trabalho tradicional. O entrevistado TG2 destaca que não se aplica a todas as funções, mas há trabalhos que não são possíveis de serem feitos remotamente. Destaca-se que por entenderem como diferenciado o regime de teletrabalho, os entrevistados TG1 e TG3 dedicam atenção especial aos teletrabalhadores. O entrevistado TG1 gerencia exclusivamente a equipe de 10 analistas teletrabalhadores.