No contexto da administração financeira, as decisões sobre a estrutura de capital sempre foram consideradas extremamente importantes. A questão mais relevante está relacionada a entender melhor os fatores que explicam de forma mais relevante a forma como as companhias compõem a sua estrutura de capital (NAKAMURA; MARTIN; KAYO, 2004). A decisão da estrutura de capital tem sido abordada por diversos pesquisadores como Modigliani e Miller (1958), Myers (1977), Rajan e Zingales (1995).
A presente pesquisa indaga: quais são os fatores que influenciam a estrutura de capital das empresas brasileiras e chilenas? Assim, o objetivo do estudo é investigar os fatores que influenciam a estrutura de capital das empresas brasileiras e chilenas.
A revisão bibliográfica aborda os temas relacionados à pesquisa com intuito de dar suporte teórico aos argumentos expostos quando da análise dos resultados da pesquisa. Abordou-se os antecedentes da estrutura de capital, conceitos relacionados com as finanças corporativas e estudos anteriores. Nesta seção apresentam-se diferentes argumentos identificados na literatura que possam justificar as opções financeiras de estrutura de capital adotadas pelas empresas.
A pesquisa caracteriza-se como descritiva quanto ao objetivo, documental no que tange aos procedimentos e quantitativa no que se refere ao método de tratamento e análise dos dados, por meio de análise de regressão em painel no software STATA®. A amostra utilizada compreende 93 companhias abertas brasileiras e 36 chilenas, selecionadas devido a disponibilidade de informações contábeis no banco de dados Thomson® no período de 2008 a 2013.
As variáveis que se mostraram influentes na estrutura de capital das empresas no Brasil, foram o risco e a liquidez, no endividamento total; o tamanho no endividamento de longo prazo e o tamanho, liquidez, tangibilidade e rentabilidade no endividamento de curto prazo. No Chile, o endividamento total não teve relação com as variáveis analisadas, no endividamento de longo prazo foram influentes a tangibilidade e a rentabilidade, e no endividamento de curto prazo o tamanho e a tangibilidade.
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