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A dicotomia entre Teoria da Firma e Teoria dos Stakeholders intriga diversos autores como Aupperle, Carroll, Hatfield (1985); Freeman e Reed (1983) e Boaventura, et. al. (2009). Embora seja possível identificar trabalhos tratando da presença dos stakeholders na missão organizacional (STRONG, 1997; OMRAN, ATRILL e POINTON, 2002; BARTKUS, e GLASSMAN, 2008 e VAN NIMWEGEN et al, 2008) até este momento, não foi possível identificar trabalhos na literatura brasileira analisando isto.
Problema: Como variam os stakeholders presentes na missão organizacional das empresas brasileiras?
Como objetivos de pesquisa tem-se:
a) Identificar os Stakeholder presentes de forma explícita/declarada nas Missões empresariais e como se comportam.
b) Identificar se há ênfase de determinados Stakeholders quando se considera o setor de atuação empresarial.
c) Explorar se há ênfase em determinados Stakeholders quando se leva em consideração a origem do controle acionário empresarial.
A fundamentação teórica é baseada na literatura de stakeholders (DILL, 1975; TAYLOR e SPARKES, 1977; MITROFF e EMSHOFF, 1979; MITROFF, 1983; FREEMAN 1984; FREEMAN e MCVEA, 2001; FRIEDMAN e MILES, 2006) e na literatura relacionada à estrutura da missão organizacional (PEARCE, 1982; DAVID e PEARCE, 1987; DAVID, 1989; CAMPBELL e YEUNG, 1991; BART, 1997a e 1997b; DAVID e PEYREFITTE, 2006; DRORI, LANDAU e SHEAFFER, 2008; KING, CASE e PREMO, 2010, 2011 e 2012)
Trata-se de um estudo descritivo e quanto aos procedimentos trata-se de um estudo documental feito por meio da análise de conteúdo das missões organizacionais das empresas. O universo corresponde às primeiras 500 empresas listadas no relatório de Melhores e Maiores Empresas Brasileiras do ano de 2012 da Revista Exame. Das 500 empresas 451 tinham a missão disponível na webpage da empresa, e buscou-se compreender como variam os stakeholders presentes nas suas missões.
Em empresas brasileiras há diferenças significativas da presença/ausência de stakeholders abordados explicitamente/declarado nas missões organizacionais. Estas variações estão relacionadas às quantidades e quais stakeholders são abordados. Também foi possível observar que é válido e importante analisar os stakeholders levando em conta o setor empresarial a que se relacionam e que a cultura parece ser um importante componente na política e gestão dos stakeholders o que se reflete na missão.
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