RESUMO
Código: 436
Tema: Simbolismos, Culturas e Identidades Organizacionais

 

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Margens Opostas do Mesmo Rio: Culturas Nacionais e Sua Influência Na Adoção de Práticas de Controle Gerencial em Uma Empresa Binacional
 

Empresas que atuam no âmbito multinacional, seja por fusão ou incorporação, sofrem influência direta da cultura organizacional, ao se deparar com as crenças e costumes previamente estabelecidos pelos membros das novas organizações. A cultura organizacional pode ser manifestada por resistência a mudanças, estas resultantes das crenças, dos mitos e dos tabus que em muitas vezes se encontram enraizados nas empresas.

Como a cultura nacional influencia a adoção de práticas de controle gerencial em uma empresa binacional? Portanto o objetivo da presente pesquisa é verificar o modo que a cultura (fatores culturais) de cada país influencia a adoção de práticas de controle gerencial em uma empresa binacional, identificando se há sobreposição de uma cultura com relação à outra ou se há a construção de uma cultura própria.

Para Hofstede (1997) o sistema de controle gerencial deve ser fundamentado em grupos quase independentes, estes direcionados a busca do autocontrole, ajustando-se às diferentes necessidades empresariais. Este modelo passa a valorizar (1) os objetivos das pessoas, com possibilidade de coalizão com os propósitos empresariais; (2) a negociação, como diretriz do sistema; e (3) a correção dos erros ao longo do processo.

Pesquisa de caráter exploratório realizada por meio de estudo de caso único, a abordagem metodológica adotada foi a perspectiva interpretativista. A empresa selecionada para o estudo foi a Itaipu Binacional, por permitir a constatação da influência de duas culturas distintas nas práticas de controle gerencial. Como fonte primária de evidências, empregou-se entrevistas pessoais, em profundidade. A análise dos dados da pesquisa deu-se pelo método de análise de conteúdo.

A distância do poder é alta, ou seja, do ponto de vista do controle gerencial, isso significa uma grande centralização do poder e das tomadas de decisão nas organizações. Outra característica da organização, é a masculinidade pois os valores materiais são sobrepostos aos da qualidade de vida. Observa-se características do individualismo, pois o tempo pessoal, a liberdade são anseios que prevalecem, em detrimento a condições de trabalho aspectos que podem beneficiar toda a organização.