RESUMO
Código: 462
Tema: Técnicas de investimento

 

Abrir
Arquivo

 
Modelo de Previsão de Retorno de Ações no Brasil
 

Existem muitas premissas que estão envolvidas na composição de um portfólio de ações. Elementos de origem macro e microeconômicos, expectativas futuras sobre crescimento das empresas, percepções de gestores e indivíduos sobre os níveis de preço e perspectivas de retorno, métricas de rentabilidade das companhias, notícias corporativas relevantes e diversos outros elementos podem afetar o preço dos ativos.

Frente à pluralidade de fatores que afetam o retorno das ações, cabe a seguinte pergunta: é possível utilizar de informações disponíveis sobre as ações para prever, dentro de um grupo, quais terão maior ou menor retorno? O objetivo deste trabalho é a verificar se, por meio de um modelo multifatorial, é possível prever, dentro de um grupo de ações, quais serão as de melhor e as de pior desempenho. Este trabalho se dispõe a verificar se é possível prever o comportamento futuro relativo das ações.

Para Fama (1970, 1991) existem três tipos de eficiência de mercado. Damodaran (2001) apresenta evidências controversas em relação a HME. DeBondt e Thaler (1985) constataram que a utilização de retornos históricos são úteis para prever os retornos relativos futuros de ações. Vliet, Blitz e Grient (2011) evidenciam que o risco não possuir correlação positiva com o retorno dos ativos. Haugen e Baker (1996) realizaram um estudo multifatorial para previsão de retorno de ações em países desenvolvidos

Os ativos participam da amostra enquanto participam do índice Ibovespa. Não há viés de sobrevivência. Período de janeiro de 2003 a dezembro 2013. São utilizados 16 fatores ad hoc para modelagem da previsão. Disposição em cross section. Regressão múltipla dos últimos 12 meses para obtenção dos betas. Utilização dos betas para projeção da rentabilidade para o mês seguinte. Rankeamento de ativos e formação de decis. Simulação do desempenho dos decis na bolsa no mês seguinte a formação das carteiras

Os decis ordenados por desempenho: decil 3, decil 1, decil 2, decil 4, decil 7, decil 5, decil 8, decil 6, decil 10 e decil 9. Apesar do decil 1 e decil 2 terem sido superados pelo decil 3, os 3 (três) decis de maior previsão de retorno se trataram das ações que tiveram os melhores desempenhos. No lado dos piores desempenho, apesar do decil 10 ter sido superado pelo decil 9, ambos representam as ações de pior desempenho. Volatilidade e retorno das carteiras apresentaram correlação negativa.