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Utilizando a Visão Baseada em Recursos (VBR) este artigo apresenta o processo de formação dos feixes de recursos em pequenas empresas de base tecnológica. Foi realizada uma pesquisa com dois grupos destas empresas em que um deles contou com apoio externo na forma de um pacote único de seus recursos e capacidades oferecidos por uma agencia de fomento e outro formou a sua base de recursos por seus próprios meios. A comparação entre os grupos permitiu avaliar a ação do programa de fomento escolhido
Para o desenvolvimento deste artigo foram definidos dois objetivos: a) identificar os recursos e capacidades inicialmente disponíveis nas empresas e os que foram obtidos e desenvolvidos como um pacote único pelas empresas, por conta do PIPE, como potenciais fontes de vantagens competitivas; e b) identificar as estratégias adotadas pelas empresas para o desenvolvimento das suas capacidades. Foi feita a comparação entre empresas que buscaram um apoio oficial e as que se desenvolveram por si mesmas
O presente artigo analisa como as pequenas empresas de base tecnológica adquirem e desenvolvem recursos e competências estratégicas na busca pela vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes. Em virtude de as pequenas empresas não possuírem todos os recursos que necessitam, elas recorrem a fontes externas para completar o feixe de recursos necessário à sua operação e desenvolvimento. Foram analisadas empresas que buscaram o apoio do PIPE e as que se desenvolveram com outros recursos.
Foi feita uma pesquisa exploratória com a adoção do método qualitativo e foi utilizada a técnica da análise de conteúdo baseada em Bardin e Flick no tratamento e na análise dos dados. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas com os principais executivos das empresas orientadas por um roteiro padrão estruturado com perguntas abertas contendo 25 questões, todas gravadas e posteriormente transcritas para gerarem textos passíveis de tratamento e análise.
As diferenças de maior destaque foram: 1) as que recorreram ao PIPE tiveram menores custos para adquirir e desenvolver os recursos e capacidades necessárias para integrá-los; 2) os benefícios proporcionados pelo PIPE foram maiores do que os adquiridos pelas empresas que a ele não recorreram; e 3) a apropriação destes benefícios foi mais eficaz e mais rápida para as empresas que obtiveram o apoio do PIPE. As empresas que não utilizaram o PIPE tiveram que criar alianças ou admitir outros sócios.
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