RESUMO
Código: 480
Tema: Políticas, Modelos e Práticas

 

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O Controle da Atividade Docente Na Ead Online: Um Estudo de Um Curso de Administração da Uab
 

Nas universidades públicas, há o aumento dos cursos online impulsionado pela Universidade Aberta do Brasil (UAB). Criada pelo governo federal, a UAB faz referência a um sistema formado por IPES em articulação com polos mantidos por prefeituras ou secretarias de educação estaduais. Devido à importância da UAB no cenário de expansão da EAD, trabalhos têm sido desenvolvidos sobre os seus cursos e o seu próprio sistema.

Dentre essas investigações, as relações entre coordenadores e professores têm começado a se tornar um tema de discussão, com a literatura apresentando perspectivas divergentes. Determinados trabalhos enfatizam a prática docente como fortemente delimitada e controlada no âmbito da UAB. No entanto, outros trabalhos apontam na direção contrária. Diante desses aspectos, o artigo analisa como se dá o processo de controle dos coordenadores sobre a atividade docente em um curso na UAB.

O artigo apresenta e compara os modelos de controle de Ouchi (1979), Pérez Vilariño e Schoenherr (1987) e Mintzberg (2011). Mais especificamente sobre o tema de tecnologia e controle nas organizações, utilizam-se os trabalhos de Vasconcelos e Pinochet (2002, 2004). Além disso, com relação à temática da EAD online, as obras de Belloni (2009) e Moore e Kearsley (2011) são citados

A abordagem metodológica foi a qualitativa, pois, na visão de Denzin e Lincoln (2006), essa ressalta as qualidades das entidades e os processos e significados compartilhados. Adotou-se como estratégia de pesquisa o estudo qualitativo básico. Neste trabalho, utilizou-se: entrevistas semiestruturadas, notas de campo, observação não-participante (do AVA) e análise documental. Por fim, empregou-se a análise categorial, que é uma das técnicas da análise de conteúdo (BARDIN, 2010).

Verificam-se distintos mecanismos de monitoramente sobre os professores: existem as regras repassadas pela coordenação; há também as ferramentas de controle presentes no Moodle, que tem basicamente uma natureza quantitativa; existe ainda o professor-tutor presencial, esse age basicamente repassando informações para a coordenação; há o feedback informal dos alunos, que podem reclamar perante a coordenação, por exemplo; por fim, existe o controle informal dos professores entre si.