RESUMO
Código: 489
Tema: Comportamento organizacional

 

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“quem Mais Veste Prada?” Psicopatas Corporativos e Assédio Moral no Trabalho
 

O cinema é propício para a análise do imaginário manifesto, dada a sua potencialidade para compor representações que permitem materializar o conteúdo de outras manifestações imaginárias. Sendo assim, o cinema é capaz de criar mundos e realidades, projetando e dando forma a esses mundos com imagens, sons e movimentos, sendo capaz de jogar com o real. Isso torna o cinema equipado para propor uma narrativa imaginária com pretensões de verdade.

Nesta pesquisa, nos orientamos pela aproximação entre a forma como o cinema representa a presença do psicopata corporativo associado a uma situação de assédio moral e a literatura pesquisada sobre tema. Assim, o objetivo desse trabalho é discutir as implicações da presença do psicopata corporativo no ambiente organizacional, associando-o com a situação de assédio moral no trabalho.

Assumimos que a arte cinematográfica, por espelhar a realidade, configura-se como um objeto de análise enriquecedor na compreensão de elementos de um fenômeno frequente no cotidiano organizacional: a presença do psicopata corporativo no ambiente de trabalho, associado à situação de assédio moral. O fenômeno do assédio moral é foco em diversos campos de conhecimento, na administração, o assédio moral no trabalho constitui-se um tema árido, entretanto, são crescentes as pesquisas sobre o tema.

Esta pesquisa caracteriza-se como documental, visto que analisamos o contexto organizacional em uma produção cinematográfica: “O Diabo Veste Prada”. A abordagem da pesquisa é qualitativa e utilizamos, para a análise fílmica, o esquema proposto por Langer (2004): 1) definição do objeto e tema de pesquisa; 2) seleção do filme; 3) crítica externa do filme; 4) crítica interna do filme e 5) comparação da análise de conteúdos.

Vislumbramos que o diálogo tecido entre o cinema e o contexto organizacional no qual se desenvolve o assédio moral foi profícuo, talvez, porque o filme seja a adaptação de uma história real, conforme apontado na crítica externa do filme. A presença de psicopatas corporativos tem sérias implicações no contexto organizacional, sendo, a principal delas, sua associação com o assédio moral no trabalho, um fenômeno cujas consequências são graves para o indivíduo, a organização e a sociedade.