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O tema da aprendizagem, para o caso de empresa onde os profissionais são formados internamente, remete à adoção de uma perspectiva baseada em práticas. O estudo se centrou em duas fases de aprendizagem da função de trocador de moldes, com foco no segmento de fabricantes de embalagens de vidro: a 1ª fase de aprendizagem formal, num Centro de Treinamento e a 2ª fase de formação complementar informal em equipes na linha de Produção, envolvendo aspectos individuais e coletivos dos profissionais.
Propõe-se na pesquisa responder: quais processos de aprendizagem individual e coletiva são vivenciados ao aprenderem a função de trocadores de moldes? Tem-se como objetivo geral compreender como ocorre a aprendizagem no chão de fábrica em uma empresa que forma seus profissionais. Dois objetivos específicos: identificar e analisar os processos de aprendizagem formal no Centro de Treinamento e identificar e analisar como o treinamento é complementado informalmente nas linhas de Produção.
Aprendizagem Individual, explicado por Illeris (2003, 2004), e a prontidão para aprender, apontada por Knowles (1980), são as referências da teoria para este estudo. Para Aprendizagem em Equipes, nos baseamos no modelo adaptado de Edmondson (1999), onde verificou-se a estrutura da equipe, o comportamento na aprendizagem e o desempenho seguro e eficaz. A complementação com Aprendizagem informal foi estruturada nas raízes teóricas de Dewey (1938) e em estudos de Marsick e Watkins (2001),
A pesquisa abrange 7 etapas: 1) Aprendizagem sobre a operação no chão de fábrica; 2) Conhecimento do processo de aprendizagem no Centro de Treinamento; 3) Entrevista com o instrutor mais graduado; 4) Imersão em uma Linha de Produção; 5) Entrevistas com (3) trocadores; 6) Transcrição das entrevistas; 7) Validação das informações. Foram definidas 4 metacategorias de análise de dados: relacionamento pessoal, aprendizagem em equipe, estrutura formal individual e aprendizagem informal na Produção.
A importância da socialização entre os aprendizes e os profissionais experientes ficou evidente. É extremamente produtiva a estimulação de linhas de comunicação mais fluidas, visando obter uma formação mais sólida dos aprendizes em tempos menores, especialmente para operações complexas e com riscos, como as estudadas. O perfil comportamental e a capacidade de comunicação dos envolvidos são essenciais. A aprendizagem formal mostrou-se primordial para o primeiro contato com a operação.
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