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A necessidade de desenvolvimento da capacidade inovativa das empresas aliada a capacidade de pesquisa e desenvolvimento das universidades criam um ambiente propicio para que a união de esforços dessas duas instituições contribuam para o desenvolvimento econômico e social dos países. Entretanto, para que a difusão do conhecimento científico-tecnológico ocorra de forma efetiva faz-se necessário a superação das diversas barreiras existentes nesse relacionamento.
O objetivo desta pesquisa foi o de analisar os fatores que dificultam a relação universidade-empresa à luz da percepção dos gestores de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Para tanto, realizamos uma pesquisa qualitativa com empresas localizadas em São José dos Campos. Onze entrevistas realizadas com empreendedores de PMEs de base tecnológica e que mantém vínculo com o Instituo Tecnológico da Aeronáutica.
De acordo Póvoa e Rapini (2010) o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual detectou que entre 2000 e 2005, havia quatro universidades que estavam entre os vinte maiores depositantes de patentes nacionais. Conforme Rodrigues et al. (2008), na América Latina o sistema de incentivo a pesquisa encontra alguns problemas como, baixa expectativa que o conhecimento gerado publicamente, seja transferido para aplicações no mercado com o objetivo de gerar ganhos de produtividade e competitividade.
Trata-se de uma pesquisa qualitativa de natureza exploratória. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas com três empresas de médio porte e oito empresas de pequeno porte, todas de base tecnológica. O roteiro das entrevistas centrou-se nos constructos que se pretendia investigar no estudo. Os dados coletados foram tratados por meio da transcrição das entrevistas e analisados com a utilização da análise de conteúdo.
A análise dos dados permitiu uma definição, sob a ótica dos pequenos e médios empresários, de quais são os principais elementos dificultadores em sua relação com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Os fatores cultura, legalidade, políticas institucionais e aspectos econômico-financeiros; foram apontados como elementos impeditivos na difusão do conhecimento científico-tecnológico gerado na academia e que poderiam contribuir de forma mais efetiva para o desenvolvimento desses empresários.
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