RESUMO
Código: 579
Tema: Empreendedorismo Corporativo: Inovação de produtos e processos e Busca de Novos Negócios em empresas consolidadas

 

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Orientação Empreendedora no Contexto Sem Fins Lucrativos: As Práticas de Uma Associação de Profissionais Médicos
 

A orientação empreendedora (OE) constitui importante tema de estudo no contexto organizacional. Porém, em organizações sem fins lucrativos (OSFL), ainda não está adequadamente estabelecida. Para alguns autores, as formas que o empreendedorismo pode tomar, e as implicações de seus diferentes níveis, não são claras no contexto não lucrativo (MORRIS et al, 2007).

Considerando que a OE é tema ainda pouco estudado no contexto não lucrativo brasileiro, busca-se responder a seguinte questão: quais as ações que caracterizam a manifestação da orientação empreendedora em uma Associação de Profissionais Médicos? Portanto, o objetivo principal deste estudo é identificar as práticas da orientação empreendedora nas ações de uma Associação de Profissionais Médicos (APM) à luz do modelo de Morris, Webb e Franklin (2011).

Pesquisas a respeito do empreendedorismo no contexto não lucrativo também passaram a fazer parte de estudos que buscam entender como se manifesta a OE em OSFL. Mas, a existência de diferenças em contextos específicos, ainda que sutis, devem ser consideradas na verificação do empreendedorismo nas atividades de uma organização. A missão da organização pode diferenciar os empreendedores sociais dos comerciais, com ou sem finalidade lucrativa, além de suas características operacionais.

Este estudo é de natureza exploratória com abordagem qualitativa. Realizou-se um estudo de caso em uma APM que se destaca de outras associações profissionais ao realizar importantes ações de saúde pública. Os dados foram coletados através da análise de documentos, registros em arquivos e a observação participante. Para concretização da análise dos dados, adotou-se a estratégia geral de descrição do caso.

Os resultados permitiram identificar a manifestação das dimensões inovatividade, proatividade e assunção de riscos nas ações realizadas pela APM diante das suas necessidades ou busca pelas oportunidades (motivação, processos e resultados). Conclui-se que a organização é ‘socialmente e comercialmente empreendedora’, ao realizar ações que visam à geração e maior gestão interna de seus recursos financeiros, além de uma constante atuação diante das necessidades sociais do seu campo de atuação.