RESUMO
Código: 580
Tema: Contabilidade financeira e gerencial

 

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Fair Value: Análise da Evidenciação Realizada Por Empresas Brasileiras de Capital Aberto Pertencentes Ao Novo Mercado
 

O CPC 46 (Fair Value) se tornou obrigatório a partir do ano de 2013 para as empresas de capital aberto. E, observa-se uma carência de pesquisas relacionadas a este tema. Desse modo, esta pesquisa, justifica-se pelo fato da recente regulamentação das normas no que se refere a mensuração a valor justo, para verificar se as companhias brasileiras listadas no segmento Novo Mercado, estão evidenciando suas práticas conforme os critérios referentes aos itens que devem ser divulgados a valor justo.

Esta pesquisa busca analisar: Em que nível as empresas brasileiras de capital aberto, pertencentes ao Nível de Governança – Novo Mercado, estão evidenciando as informações sobre o valor justo dos ativos? Para responder a tal questionamento, este trabalho, tem como objetivo principal investigar como as empresas brasileiras de capital aberto, pertencentes ao segmento Novo Mercado, têm divulgado as informações referentes a mensuração a valor justo, conforme CPC 46.

Esta pesquisa tem por base os estudos de Barth, Beaver e Landsman (2001) - relevância do valor justo; Hendriksen e Breda (2007) – o valor justo não é uma base específica de avaliação; Benston (2008) - atributos importantes do valor justo; Barth e Landsman (1995) - questões fundamentais sobre à implementação do valor justo; Barlev e Haddad (2003) com o processo de desenvolvimento do paradigma do valor justo; e o Pronunciamento Técnico - 46 - diretrizes de mensuração e divulgação do valor justo.

Trata-se de uma pesquisa descritiva, que utiliza a técnica de pesquisa documental; com abordagem qualitativa dos dados; com uma amostra de 133 empresas, listadas no segmento Novo Mercado da BM&FBOVESPA. Foram analisados 125 demonstrativos contábeis e suas respectivas notas explicativas, em 10 setores econômicos, referentes ao ano de 2013, comparativamente ao que preconiza o CPC 46 – Valor Justo. Para isso, foi montada uma matriz-checklist com as observações requeridas pelo referido CPC.

Os resultados demonstraram que grande parte das empresas que informaram reconhecimento a valor justo, não evidenciam as informações necessárias; além de as informações divulgadas, serem pouco claras e objetivas; das 133 empresas analisadas, apenas 1 empresa, não realizou a mensuração a valor justo, porém, grande parte delas não divulgaram as premissas pré-estabelecidas pelo CPC 46; e apenas 56% das empresas, divulgaram as razões das mensurações, apesar da obrigatoriedade para estas empresas.