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As pesquisas sobre GC procedidas no Brasil têm concentrado, quase que exclusivamente, em empresas listadas em bolsa, utilizando-se da amostra disponível na BM&FBovespa. Poucas foram as pesquisas nacionais que analisaram a relação GC e desempenho em setores específicos e/ou para empresas não listadas em bolsa.
O presente estudo busca suprir uma lacuna existente na literatura de governança corporativa no Brasil ao propor estudar a relação governança corporativa e desempenho econômico-financeiro no setor elétrico brasileiro, tanto concernente às empresas listadas como às não listadas em bolsa de valores.
Uma gama de pesquisas empíricas nacionais tem buscado analisar o desempenho de empresas com padrões de GC diferenciados. A maioria dessas pesquisas utiliza o próprio índice da BM&FBovespa, enquanto outras utilizam índices de GC próprios, construídos a partir dos dados da própria pesquisa. Algumas pesquisas comprovaram o melhor desempenho de empresas com práticas de GC superiores, enquanto outras não puderam concluir que elevados padrões de GC resultam em melhor desempenho.
Construímos um índice de GC próprio para as empresas da amostra, que também incluí empresas não listadas em bolsa. Esse índice foi baseado no questionário de 14 perguntas de Almeida et al (2010) e respondido a partir de informações públicas: CVM, BM&FBovespa e sites institucionais das empresas. O índice construído foi relacionado, a partir de testes não paramétricos bivariados, com variáveis de desempenho econômico-financeiro, estrutura de propriedade, presença em bolsa, setor e controle.
Ao analisar separadamente as dimensões da GC, a dimensão transparência foi a que apresentou melhor evolução, e o pior avanço foi encontrado na dimensão controle e conduta, talvez em consequência da alta concentração de controle e propriedade encontrado nas empresas do setor. Quando a qualidade da GC foi confrontada com as medidas de desempenho econômico-financeiro encontrou-se evidências estatísticas de correlações positivas com a transparência.
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