RESUMO
Código: 588
Tema: Organização e Processos para Inovação

 

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Incentivos à Inovação Nas Grandes Empresas Brasileiras: Uma Análise Exploratória
 

A inovação é, reconhecidamente, um elo necessário para a concretização do crescimento das receitas das empresas e, igualmente, para garantia de lucratividade nos negócios (Teece, 2010). As organizações modernas já não são mais capazes de crescer com paliativos como redução de custos e reengenharia de processos, pois os ganhos derivados de economias de escala tendem a se exaurir com o tempo (Lange et al, 2013).

O entendimento de como a inovação ocorre, como encorajá-la e como difundi-la tem sido objeto de estudos e de preocupação de pesquisadores, de governos e até mesmo da iniciativa privada. O objetivo desse artigo é explorar como as empresas têm incentivado a inovação, partindo de um conjunto de empresas brasileiras de grande porte.

Segundo Davila (2007), a inovação pode ser descrita através de uma matriz, verificando-se três tipos de inovação: incremental, semi-radical e radical. Aspectos como a liderança, cultura organizacional, alinhamento estratégico e equipes que pensam e vivem em um ambiente de inovação são atributos comumente atribuídos a essas empresas (Kelley, 2007; HBR, 2011).

Assim, utiliza-se aqui o ranking da revista Forbes para empresas inovadoras, o qual é apoiado na metodologia de Christesen (2007). Os atributos utilizados no referido ranking são de base tanto cientifica quanto econômica, o que ajuda a reduzir elementos de subjetividade na avaliação das estratégias inovadoras das empresas. O foco de investigação será as empresas brasileiras classificadas nesse ranking.

Um aspecto em comum nas três empresas analisadas é a presença de inovações incrementais. Trata-se de um aspecto marcante nas empresas empresas brasileiras em geral, nas quais se nota ausência de inovações radicais e baixa intensidade de P&D (Suzigan e Albuquerque, 2011; Botelho e Almeida, 2010).