RESUMO
Código: 601
Tema: Comportamento organizacional

 

Abrir
Arquivo

 
Percepção das Mulheres Sobre A Justiça Distributiva Nas Empresas Brasileiras
 

No Brasil, segundo dados do IBGE (2010) e MTE (2011), as mulheres estudam por mais anos, recebem salários menores e apresentam menores chances de serem promovidas. Dentro das empresas brasileiras, as mulheres passam por situações de discriminação como Assédio Moral, há obstáculos para crescimento de carreira e discriminação em relação à maternidade. Estudos internacionais sugerem que esse fato impacta negativamente a percepção de justiça organizacional.

Em relação ao ambiente de trabalho, estudos apontam que as características estéticas, étnicas, de classe social e orientação sexual podem agravar essa discriminação. O objetivo desse trabalho é verificar se as mulheres com diferentes características, como cor/etnia, cargo, nível de instrução e número de filhos, apresentam diferenças de percepção de justiça organizacional distributiva relativa a salário, remuneração e carreira.

Primeiramente são apresentados dados sobre a proporção de homens e mulheres no mercado de trabalho e as diferenças salariais. Também é discutido o conceito de divisão sexual do trabalho e são discutidas situações de discriminação no ambiente de trabalho sofridas pelas mulheres. Por fim, conceitua-se Justiça Organizacional Distributiva e apresenta-se as diferenças de percepção de justiça entre homens e mulheres.

Foram utilizados dados secundários sobre Justiça Distributiva coletados pela pesquisa “As Melhores Empresas para Você Trabalhar” que utiliza a metodologia de pesquisa de clima organizacional para avaliar a percepção dos empregados com Escala Likert. Para análise, foram realizados o teste de Mann-Whitney, que avalia a igualdade de comportamentos de dois grupos de casos, e o teste de Kruskall-Wallis, que permite verificar se as amostras independentes são originadas de populações diferentes.

Esperava-se que as mulheres negra, pardas e com filhos avaliassem a Justiça Organizacional de forma menos positiva, como impacto das discriminações de segunda ordem. Entretanto, as mulheres brancas, sem filhos, entre 25 e 39 anos, com cargos administrativos avaliaram de maneira mais negativa a Justiça Organizacional nas empresas.