RESUMO
Código: 616
Tema: Pequenas e Médias Empresas

 

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Resiliência em Feiras Livres
 

Os trabalhos referentes à resiliência vêm ganhando notoriedade, tanto no meio acadêmico quanto para as políticas públicas (STUMPP, 2013). Em mercados informais a importância da resiliência encontra-se na capacidade desses ambientes em se adaptar aos avanços do setor formal, cujo shopping center é o principal representante. Deste modo, tais mercados encontraram soluções para evitar a bancarrota anunciada pela evolução dos grandes centros de consumo (OZUDURU; VAROL; ERSCOSKUN, 2012).

Tendo em vista a profusão de estudos referentes à reestruturação dos mercados formais e a carência de aportes conceituais mais profundos concernentes à resiliência em sistemas de varejo informais (PETRESCU; BHATLI, 2013), esta pesquisa objetiva perscrutar a resiliência em tais ambientes. Dessa forma, o propósito central é analisar, através das lentes da resiliência, a construção coletiva e a representação da feira pelos seus atores; levantando-se, ademais, suas vulnerabilidades e fortalezas.

No referencial teórico do trabalho, com o intuito de fornecer sustentação ao desenvolvimento da pesquisa, buscou-se sintetizar os principais elementos teóricos referentes às áreas de interesse pesquisadas. Dessa forma, apresenta-se uma breve revisão de estudos relacionados às feiras livres e à resiliência, observando-se, inicialmente, a multitude de conceitos existentes sobre o tema para em seguida traçar as bases teóricas e as principais características que o relacionam a sistemas econômicos.

Para o alcance dos objetivos da pesquisa, um estudo exploratório foi realizado com os feirantes de uma grande feira livre e conduzido por meio de um estudo de caráter qualitativo. Destarte, por meio do método de redes semânticas, aferiram-se as principais razões que facultam o crescimento, diminuição ou estabilidade desses ambientes. Participaram da pesquisa 232 vendedores, em entrevistam que duraram, em média, cerca de cinco minutos.

Como principais resultados destaca-se que as razões apontadas não se restringem a fatores financeiros; a resiliência das feiras está atrelada a uma visão que perpassa a perspectiva mercadológica, atingindo também as dimensões social e cultural. Igualmente, a feira cumpre um destacado papel social, proporcionando emprego e renda ao passo que faculta, além de um convencional local de compra a preços baixos, um ambiente de diversão e lazer. Deve-se ressaltar também a embotada ação pública no local.