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O empreendedorismo tem obtido crescente espaço na agenda de discussões dos governos, tanto em economias emergentes quanto em países desenvolvidos (TEIXEIRA; DAVEY, 2010), e alcançado cada vez mais relevância acadêmica, não apenas pela sua contribuição como indutor de crescimento econômico e redução de desigualdade (SCHMIDT; BOHNENBERGER, 2009), como também pela necessidade de investigações científicas dos seus determinantes e motivações subjacentes (DAVIDSSON, 1995; CARVALHO; GONZÁLEZ, 2006).
A maioria das pesquisas tem se pautado na busca de aspectos de natureza demográfica, psicológica e sociocontextuais, sem propor modelos estruturais que expliquem a intenção empreendedora. Há, portanto, oportunidade de se investigar a intenção empreendedora de estudantes universitários. Assim, o objetivo do estudo é propor e avaliar um modelo de equações estruturais capaz de explicar a intenção empreendedora de estudantes universitários da Universidade Federal do Ceará (UFC).
A partir de Teixeira e Davey (2010) e De Wit e van Winden (1991) emerge a hipótese [H1] “O conhecimento e a experiência empreendedora influenciam positivamente a Intenção Empreendedora dos estudantes universitários”. De Rock (1985) e Riot (2013) surge [H2] “A percepção empreendedora influencia positivamente a I.E”. Por fim, a hipótese [H3] “O incentivo da IES influencia positivamente a I.E” advém dos estudos de Hisrich (1990), Davidsson (1995), Verhuel et al. (2001) e Paço et al. (2011).
O estudo trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva, pois descreve características da intenção empreendedora de alunos de uma IES, e explicativa, por tentar estabelecer relações entre as variáveis, usando métodos padronizados de coleta e análise de dados. A amostra é de 242 alunos de 1º e 2º semestres de Administração e Economia da UFC. Utilizou-se Modelagem de Equações Estruturais para testar as hipóteses. O tratamento e a análise dos dados foram realizados com os softwares SPSS e AMOS.
Tanto para o modelo 1 quanto para o modelo 2 os resultados confirmam as hipóteses sugeridas: “Conhecimento & Experiência Empreendedora”, “Percepção Empreendedora” e “Incentivo da IES” possuem influência significativa na intenção dos estudantes de empreender. Porém, os coeficientes de ajustamento absoluto (X²/gl, RMR, SRMR, GFI e CFI) e parcimonioso (PNFI, PCFI, AIC, RMSEA e P-CLOSE FIT) do modelo 2 se mostraram melhor ajustados para explicar a intenção empreendedora dos estudantes da amostra.
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