Nos últimos anos, a segurança do paciente e a qualidade dos serviços de
assistência médica têm recebido crescente atenção de pacientes,
provedores e meios de comunicação. A avaliação da segurança do paciente
com vigilância de eventos adversos visa melhorar a qualidade da
assistência. Uma das ferramentas com esse objetivo é o levantamento de
trigger points ou pontos de gatilho. Ferramenta essa que também pode ser
aplicada nas unidades perinatais.
O presente trabalho objetivou avaliar a hipótese de que a presença de
trigger points está relacionada à ocorrência de eventos adversos no
contexto da assistência perinatal. Foram levantados prontuários dos
partos ocorridos em um hospital estadual da cidade de São Paulo no mês
de março de 2014 e aplicado um checklist de trigger points de
assistência perinatal. Os casos com achados positivos foram analisados
com maior profundidade para identificação de eventos adversos.
Foram levantados 152 prontuários abrangendo 152 parturientes e 152
recém-nascidos atendidas na instituição pesquisado no período de março
de 2014 utilizando uma versão ampliada dos trigger points para avaliação
de ocorrência de eventos adversos nos atendimentos realizadados na
instituição.
Na análise dos 152 prontuários estudados, foi observada a ocorrência de 14 (9,2%) triggers points em 152 puérperas e em 152 neonatos. Desses, 4 (28,6%) resultaram em eventos adversos.A partir dos dados apresentados pudemos observar, que o uso dos trigger points ampliados podem detectar eventos adversos nos atendimentos das unidades perinatais.Porém por ser um estudo retrospectivo baseado em informações relatadas em prontuários muitas informações podem ter sido omitidas ou serem incompletas.
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