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O alto grau de autonomia das universidades, autorizadas a abrir novos cursos, somado ao fato de que “a consolidação da indústria da educação superior é uma realidade em todas as regiões do país, com fusões e aquisições que aumentam o poder econômico dos grupos consolidadores e torna a vida mais difícil para as faculdades remanescentes” (NICOLINI; ANDRADE; TORRES, 2013, p. 193), despertou o interesse dos autores por tratar, dentro do setor privado, este tipo de organização.
Diante do aumento da participação do setor privado na educação superior, especialmente das universidades, o presente estudo levanta o seguinte questionamento: em qual categoria administrativa (com e sem fins lucrativos) e em que região do Brasil a universidade privada apresenta melhor desempenho no Enade?
Para tanto, serão considerados os resultados obtidos nas três edições do Enade: 2006, 2009 e 2012; no curso de bacharelado em Administração, disponibilizados pelo Inep (2014).
Quanto à categoria administrativa, as universidades privadas podem ser instituições com fins lucrativos e sem fins lucrativos. As com fins lucrativos ou particulares, em sentido stricto, são as mantidas e administradas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado (O ENSINO..., 2011, p.11), tendo uma gestão compromissada com os retornos dos proprietários.
Nesse mercado, há também as IES privadas, mas sem fins lucrativos. Podem ser comunitárias, confessionais ou filantrópicas.
Além dos estudos já desenvolvidos sobre o assunto; das Leis, Decretos e Portarias que regulamentam o funcionamento do ensino superior no Brasil; e de informações acerca dos órgãos envolvidos diretamente com o sistema de avaliação das IES, foram analisados os dados disponibilizados pelo Inep (2014) em seu site referentes aos resultados das IES que oferecem o curso de bacharelado em Administração nas três edições do Enade: 2006, 2009 e 2012.
É notória a dispersão desequilibrada deste tipo de organização pelo território nacional. Desequilíbrio este que parece se manter, de modo que a representação de cada região do país pouco foi alterada ao longo do período analisado e o sudeste se mantém com mais de 50% das ofertas em seu território. Resta saber se os critérios utilizados na distribuição geográfica dos cursos têm atendido de forma satisfatória a demanda.
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