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Embora os objetivos de uma incubadora de base tecnológica sejam conhecidos, os meios de sua realização ainda carecem de análises e estudos. A questão é pertinente, uma vez que a gestão praticada por uma incubadora determina de maneira fundamental o suporte e o ambiente favorável ao desenvolvimento e sustentabilidade dos novos negócios. Logo, não há sucesso de incubação que não passe, necessariamente, pela gestão das incubadoras.
O presente artigo é resultado de pesquisa conduzida com as Incubadoras de Base Tecnológica [IBT] do Estado de São Paulo, cujo objetivo foi o de mapear quais são os seus principais atores e identificar aspectos de sua gestão, particularmente das estratégias que têm sido adotadas pela sua governança. Buscou-se observar quais são os principais modelos e iniciativas adotados no Estado de São Paulo, com destaque para os gargalos que podem prejudicar a eficácia do movimento.
Construiu-se um referencial para analisar esse tipo de empreendimento pautado pelas principais dimensões-chave de uma incubadora de base tecnológica. Esse referencial teórico deriva dos estudos de Bergek e Normann (2008), Allen e McCluskey (1990), Aernoudt (2004), Nolan (2003), Chan e Lau (2005), Phillips (2002) e Lewis (2001), sendo basicamente fundamentado em quatro dimensões: i) infraestrutura, ii) serviços, iii) consultoria e iv) promoção de redes.
Para realização deste estudo partiram de uma estratégia associada à técnica de método misto, cujo procedimento de pesquisa foi construído em torno de duas formas de coleta de dados: uma qualitativa, outra quantitativa. Em sua dimensão quantitativa, foi construído e aplicado um survey com 100 empresas incubadas. Sendo na qualitativa realizadas 28 entrevistas semiestruturadas a partir de roteiro com atores da governança das incubadoras de base tecnológica, de um total de 34 no Estado.
Para extensa maioria dos gerentes de incubadoras de base tecnológica do Estado de São Paulo, um sentimento fortemente compartilhado foi a questão de recursos econômicos e financeiros como o principal desafio daquilo que seus gestores denominaram como um movimento. A questão, inclusive, se insere no debate sobre as possíveis formas de uma incubadora de base tecnológica se sustentar econômica e financeiramente no tempo, o que corroborou os demais resultados apresentados na pesquisa.
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