RESUMO
Código: 821
Tema: Finanças comportamentais e pessoais

 

Abrir
Arquivo

 
A Relação da Educação Financeira e do Otimismo no Número de Cartões de Crédito
 

A rápida e fácil expansão do acesso ao cartão de crédito motivou o seu uso indiscriminado. Em decorrência disso, as dívidas oriundas de seu uso causaram um efeito nocivo ao usuário gerando problemas financeiros e psicológicos. Acredita-se que a educação financeira, assim como outras variáveis comportamentais e psicológicas são capazes de influenciar este cenário.

Supõe-se que quanto maior o número de cartões, mais propenso ao aumento de dívidas deve estar o indivíduo, já que o comprador compulsivo tem mais cartões que o não compulsivo, conforme algumas evidências empíricas (OLIVEIRA; IKEDA; SANTOS, 2004; O’GUINN; FABER, 1989; BLACK, 2001). Portanto, com base no estudo de Hayhoe, Leach e Turner (1999) este trabalho teve como objetivo identificar a influência da educação financeira e do otimismo no número de cartões de crédito dos indivíduos.

Pesquisas buscam analisar o uso de cartões de crédito por estudantes universitários (LYONS, 2004). Estes estudos têm sido realizados tentando determinar diferenças nos hábitos de consumo desta população (HAYHOE et al., 2000), as atitudes sobre dinheiro (HAYHOE; LEACH; TURNER, 1999; NORVILITIS et al., 2006), o conhecimento financeiro (NORVILITIS et al., 2006) e os fatores que influenciam os seus níveis de dívida de cartão de crédito (NORVILITIS; SZABLICKI; WILSON, 2003).

Para análise dos dados realizou-se, inicialmente, uma análise descritiva, a fim de apresentar um panorama geral dos 559 respondentes da amostra. A partir daí, adotou-se o modelo logit ordenado, considerando a natureza qualitativa dos dados e da variável resposta.

A partir das hipóteses propostas foi possível evidenciar que, estatisticamente, a educação financeira e o otimismo, de forma individual, têm influência no número de cartões de crédito dos indivíduos. Já a variável de interação entre educação financeira e otimismo não foi significativa estatisticamente, mostrando que tais construtos não são capazes de influenciar o número do cartão de crédito dos indivíduos se agirem de forma conjunta.