RESUMO
Código: 826
Tema: Carreiras, Competências e Internacional

 

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Um Estudo Sobre Mobilidade Interna no Setor Bancário
 

Esta pesquisa foca um dos maiores e mais importantes setores econômicos do Brasil: o setor bancário. Este setor emprega diretamente cerca de 500 mil pessoas e, no ano passado, juntos os seis maiores bancos do país somaram mais de R$ 56 bilhões em lucro líquido. Em um cenário de competição mais intensa, os bancos optaram por readequarem suas operações visando sua sobrevivência no mercado. Uma forma de valorizar e reter funcionários é dar oportunidade de desenvolvimento dentro da própria empresa.

Uma política de RH alinhada a este propósito é a mobilidade interna. O recrutamento interno possibilita o aproveitamento do capital humano e encoraja o desenvolvimento; porém, o recrutamento externo diversifica o patrimônio humano e a consequente oxigenação da empresa. Assim, deve-se promover funcionários que já fazem parte da organização ou contratar funcionários externos? O objetivo da pesquisa é comparar os benefícios de promover internamente em vez de contratar funcionários de mercado.

Revisa-se a bibliografia abordando três aspectos necessários para o trabalho: a gestão de pessoas, a gestão de carreira e outros sistemas de RH. Para o primeiro tópico, utilizou-se o entendimento de Fischer sobre modelo de gestão de pessoas; Dutra serviu de base principal para o tópico de gestão de carreira; e para os demais sistemas de RH foram utilizados, sobretudo, pesquisadores e professores da FEA-USP e livro organizado por Fleury.

No capítulo, apresentou-se o setor bancário, em seguida a empresa objeto do estudo para finalmente serem apontados os procedimentos metodológicos A estratégia de pesquisa utilizada neste trabalho é o estudo de caso único. Cerca de 3.000 gerentes de relacionamento do Banco Santander foram divididos em dois grupos: promovidos e admitidos. Foram testadas três hipóteses para avaliar os benefícios de promover funcionários em relação a performance, turnover e desenvolvimento de carreira.

Performance: embora nos três primeiros meses os promovidos levassem vantagem em relação aos admitidos, em longo prazo, não foi possível notar vantagem significativa para qualquer dos grupos. Turnover: em todo o período, a frequência de admitidos que se desligam é maior que dos promovidos na mesma época, chegando ao final de 18 meses a um percentual 46% maior. Carreira: o percentual de admitidos que teve alguma promoção nos 18 meses subsequentes à sua admissão é 60% menor do que os promovidos.