RESUMO
Código: 838
Tema: Comportamento organizacional

 

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A Presença do Etarismo Na Demissão de Gerentes Mais Velhos: Uma “assepsia Etária”?
 

Projeções indicam o envelhecimento da população e apontam para um cenário mais diverso nas organizações, que têm como desafio o combate ao etarismo. Etarismo é o preconceito ou discriminação contra ou a favor de um grupo etário (PALMORE, 1999). Estereótipos negativos associados ao envelhecimento podem ser uma barreira para as oportunidades profissionais. A compreensão da origem dos preconceitos contra as pessoas mais velhas é fundamental no combate ao etarismo.

Estudos sobre etarismo no campo dos estudos organizacionais são recentes e escassos no Brasil e no mundo. O objetivo deste trabalho reside em investigar a existência de etarismo no processo de desligamento de gestores mais velhos nas organizações.

A necessidade do indivíduo de pertencer a grupos sociais conduz sua busca por uma identidade social, a partir da representação que possui de si em seu ambiente. Diferenças de tratamento entre pessoas ou grupos diferentes por motivo de idade se baseiam, via de regra, em estereótipos superficiais. Profissionais mais velhos são preteridos porque patrões acreditam que sejam menos flexíveis e competentes. Uma das justificativas está relacionada com a rigidez das normas de idade das mesmas.

Foi realizada pesquisa qualitativa com 18 gerentes, desempregados, com idade acima de 45 anos, com foco no evento de ruptura do último emprego. Os dados obtidos nas entrevistas foram analisados por meio de análise de conteúdo de vertente qualitativa, pelo critério de milhas (categorização à posteriori), baseado nos procedimentos definidos por Bardin (1997). Da análise da trajetória profissional, com ênfase no último emprego, formal ou informal dos respondentes, emergiram duas categorias: o Perf

O perfil etário do grupo de trabalho diz respeito à faixa etária dos subordinados, pares e chefia do sujeito. Através desta análise procurou-se identificar como o respondente vivenciou preconceitos oriundos dessas relações intergrupais no seu cotidiano de trabalho. O significado do corte neste estudo foi analisado de dois ângulos diferentes: a empresa, em geral representada pela área de Recursos Humanos ou pelo gestor direto, que fazem com que ele ocorra, e o funcionário, vítima do mesmo.