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Os sistemas de atenção à saúde constituem respostas sociais, deliberadamente organizadas, para responder às demandas e preferências das sociedades e devem portanto ser articulados às necessidades de saúde destas sociedades. Existe hoje em escala global uma crise dos sistemas de saúde, que reflete o desencontro entre uma situação epidemiológica dominada pelas condições crônicas um sistema de atenção à saúde voltado para responder às condições agudas e às agudizações de condições crônicas.
No Brasil, tendo em vista o enfrentamento de grande parte das dificuldades de fragmentação ainda presentes no Sistema de Saúde, o Ministério da Saúde procurou reforçar a concepção de redes na operacionalização do SUS, com a publicação da portaria no 4.279, em 30 de dezembro de 2010, referente à organização das Redes de Atenção a Saúde no SUS. Este artigo propõe a apresentação evidências preliminares da implementação de redes de atenção à saúde (RAS) em regiões metropolitanas brasileiras.
As RASs tomam forma, contemporaneamente, com os sistemas integrados de saúde, implantados no início dos anos 90, nos Estados Unidos. Shortell et al. (1993) constituem um grupo de estudo pioneiro sobre redes de atenção à saúde nos Estados Unidos. Segundo eles, os sistemas integrados de prestação de serviços de saúde caracterizam-se por: foco nas necessidades de saúde da população; coordenação e integração do cuidado através de um continuum; sistemas de informação, entre outros aspectos.
Os dados referentes à existência de redes de atenção à saúde temáticas e linhas de cuidado nas diferentes regiões metropolitanas foram obtidos de fontes diversas: Secretarias estaduais de saúde, secretarias municipais de saúde, publicações científicas que relatam experiências, noticiários e informativos. Como se trata de um processo recente e em consolidação no país, para algumas regiões não foram encontrados dados.
Ao todo foram registradas experiências de implantação de 11 diferentes redes temáticas de atenção à saúde em 16 regiões metropolitanas. Nota-se, sem dúvida, que a rede temática mais desenvolvida até o momento é a “Rede Cegonha”, presente em 13 das 16 regiões, seguida pela Rede de Atenção às Urgências e Emergências, Rede de Atenção Psicossocial, Rede de Atenção à Saúde do Idoso, Rede de Atenção à Pessoa com Deficiência, Rede de Atenção ao trabalhador, Rede de Atenção ao Adolescente e à mulher.
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