RESUMO
Código: 901
Tema: Políticas, Modelos e Práticas

 

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Políticas de Educação Corporativa e O Processo de Certificação Bancária: Distintos Atores e Perspectivas
 

A regulação da certificação laboral no setor bancário brasileiro começa com a resolução do BACEN (Res. 3.057/2002). Os exames e a certificação ficariam a cargo de entidades de reconhecida capacidade técnica. Outras certificações surgiram e isso consolidou atividades de certificação em entidades como ANBIMA, FEBRABAN, ABECIP e ABBC. Os bancos inseriram em suas práticas de gestão de pessoas, a capacitação para certificação de trabalhadores em iniciativas de educação corporativa.

O artigo objetiva analisar políticas de gestão de pessoas e as iniciativas de educação corporativa e o movimento de certificação de trabalhadores bancários no Brasil. Os atores: BACEN; os bancos, suas universidades corporativas; as certificadoras; os sindicatos e os bancários. A pesquisa aborda relações existentes nos bancos (práticas de educação corporativa como política de gestão de pessoas realizadas para atender essa função reguladora) e sua interação com entidades patronais e sindicatos.

As dinâmicas de gestão de pessoas impostas pela educação corporativa (EC) superam os antigos centros de treinamento. Chega-se assim à universidade corporativa, que se articula com a gestão de pessoas a insere na estratégia organizacional com uma orientação proativa e centralizadora desde um núcleo estratégico (EBOLI, 2010, MEISTER, 1999; PEAK, 1997). Os bancos são nacionais, estruturam sólidas parcerias para implantação e operacionalização de projetos de educação corporativa (EBOLI, 2004).

A abordagem foi qualitativa (FLICK, 2004). O foco foi delineado pela análise da relação entre os processos de educação corporativa e os mecanismos de certificação nas instituições financeiras. Em sua finalidade, a pesquisa foi analítico-descritiva, com o objetivo de delinear as características de determinada população ou fenômeno (CRESWELL, 2010). Os instrumentos de coletas de dados foram: análise documental, entrevistas e grupo de foco, além do recurso à observação participante (LAVILLE, 1999).

Na área bancária, a disseminação da certificação é pouco estudada. Sua articulação institucional é robusta quanto aos parceiros e números envolvidos. o Banco Central é um dos pilares no processo de certificação. As associações patronais bancárias tornaram-se certificadoras. As práticas de gestão de pessoas dos bancos são fortes indutoras à certificação dos trabalhadores bancários por meio da disponibilização das ferramentas de educação corporativa. A certificação não é negociada com sindicatos.