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O objetivo deste relato técnico é apresentar o processo, resultados e elementos facilitadores e dificultadores para se implantar a “Estratégia do Oceano Azul” como forma de se formular estratégias competitivas. Até a condução do trabalho, a empresa, pertencente ao setor siderúrgico, passava por uma situação competitiva intricada, com a redução do consumo em alguns de seus principais mercados e uma conjuntura de excesso de oferta de seus produtos por concorrentes internacionais.
Com o uso das ferramentas preconizadas por Kim e Mauborgne (2005), a multinacional do setor siderúrgico estudada redefiniu suas estratégias competitivas reduzindo a exposição à rivalidade tipicamente encontrada em ramos maduros. Reconstruiu sua curva de valor incorporando maior customização das entregas por meio de projetos de engenharia, aumento do nível de serviço ao cliente e flexibilização de suas rotinas para atendimento de pedidos urgentes.
O relato técnico narra a maneira como foi construída a curva de valor por meio de aproximadamente 540 horas de entrevistas com diversos públicos, benchmarkings, grupos de foco e análise de papers acadêmicos. Percebeu-se que o envolvimento da gerência e a multiplicidade das fontes de informação facilitou a construção da curva. Certas disputas políticas, contudo, representou dificuldades. Encontrou-se também percalços para obtenção de consensos diante da subjetividade dos dados coletados.
Diante da riqueza dos achados, contribui-se para o campo da Estratégia Empresarial porque apresenta uma descrição detalhada acerca de um tema pertinente e que logrou sucesso, pois a empresa melhorou sensivelmente sua situação competitiva mesmo diante de fatores conjunturais adversos. Há ainda avanço acadêmico no campo substantivo, uma vez que há poucos artigos empíricos discorrendo uma aplicação da Estratégia do Oceano Azul em uma indústria brasileira.
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