RESUMO
Código: 955
Tema: Estratégia Competitiva

 

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A Sociologia Econômica e O Processo Competitivo Nas Cooperativas Agropecuárias Centralizadas: Uma Análise Sob Três Diferentes Paradigmas Teóricos
 

Os empreendimentos cooperativos do setor agropecuário têm incorporado novas tendências competitivas, notavelmente em relação às perspectivas de integralização e verticalização, criando cooperativas centrais. Todavia, tal processo tende a aumentar a distancia relacional entre os produtores rurais associados nas cooperativas singulares e os tomadores de decisão na cooperativa central.

A criação de empreendimentos cooperativos centrais volta-se para aumentos competitivos, a cooperativa criaria condições de competir com organizações não cooperativas, dado seu portfólio de atuação. Tal cenário, contudo, eleva a complexidade na obtenção de uma estratégia que represente o interesse de todos os agentes. O presente trabalho objetivou analisar a luz da Sociologia Econômica, como as cooperativas centralizadas podem manter-se eficazmente estruturadas nesse contexto contraditório.

Estratégias em empreendimentos pluralistas deve considerar o problema da multiplicidade de anseios que são simultaneamente conflitantes (JARZABKOWSKI; FENTON, 2006). A Sociologia Econômica lida com as relações sociais, poder e instituições sociais como variáveis à interpretação de resultados econômicos (BECKERT, 1996). Essas perspectivas seriam vistas sob três enfoques, Redes, Institucionalismo e a Teoria dos Campos e das Habilidades Sociais Estratégicas (SACOMANO NETO; TRUZZI, 2009).

O presente artigo trata-se de um ensaio teórico de análise crítica, onde se buscou analisar o contexto de competitividade brasileiro das cooperativas agropecuárias centrais a luz dos pressupostos teóricos da Sociologia Econômica. As análises teóricas foram realizadas sob o enfoque dos paradigmas teóricos das Redes, da Nova Economia Institucional e da Habilidade Social Estratégica.

Sob a perspectiva das Redes, as cooperativas agropecuárias centrais, criariam uma densa relação de relacionados fortalecendo o capital social, aumentando a confiança e a reciprocidade entre seus membros. Na perspectiva da NEI, a eficiência na gestão dos nexos contratuais da cooperativa central estaria diretamente atrelada à sua forma de governança. Por fim, a perspectiva da Habilidade Social Estratégica se apoiará nas relações de poder da Teoria dos Campos.