A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) tem sido utilizada como um meio de legitimação da subsidiária no país de destino. Certas instituições do ambiente têm capacidade e poder suficientes para influenciar o comportamento das empresas. Elas podem, por exemplo, incentivar ou restringir a adoção de práticas de RSC. Logo, as empresas podem adotar diferentes práticas de RSC dependendo do ambiente institucional do país em que estão instaladas.
O problema que se propõe investigar é: qual é a associação entre o ambiente institucional do país de destino e as práticas de RSC das subsidiárias de multinacionais brasileiras? O objetivo do artigo é identificar a associação entre o ambiente institucional do país de destino e as práticas de RSC das subsidiárias de multinacionais brasileiras.
Utiliza-se a Teoria Institucional para sustentar as considerações teóricas, uma vez que ela aborda a associação entre ambiente institucional e estratégia da multinacional, sendo a RSC aqui compreendida como um componente da estratégia de legitimação das subsidiárias estrangeiras de multinacionais brasileiras.
Trata-se de uma pesquisa quantitativa. As fontes de dados são primárias originárias de um survey com multinacionais brasileiras e secundárias coletados de fontes de dados públicas secundárias, como o Relatório Doing Business, Corruption Perceptions Index (CPI) e World Competitiveness Yearbook. Utiliza-se a regressão linear múltipla como técnica de análise de dados.
Os resultados apresentam evidências de associação positiva entre as variáveis “ineficiência do sistema jurídico” e “eficiência da infraestrutura” e as práticas de RSC das subsidiárias. Há evidências de associação negativa entre o “compromisso com a ética” e as práticas de RSC das subsidiárias.
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