O Brasil é um país jovem, porém, seus gastos sociais são comparáveis aos de economias desenvolvidas. As causas vão desde questões demográficas até desequilíbrio de benefícios entre trabalhadores dos setores público e privado.
Estimativas das despesas da previdência ao servidor público através dos regimes próprios refletem maior pressão fiscal para o país. Este trabalho tem por objetivo apresentar a reforma do sistema de previdência do servidor público através previdência complementar e destaca a questão dos riscos e oportunidades de sua viabilização.
A longevidade e a redução da taxa de natalidade são questões demográficas que representam algumas das alterações nas estruturas das sociedades. Este processo desafia o pensamento tradicional sobre políticas sociais de um país (ESPING-ANDERSEN, 1993). No Brasil, os gastos previdenciários na relação com o PIB têm evoluído de forma persistente desde o final da década de 80 (TAFNER, 2012).
O artigo explora o problema através de análise descritiva de dados sobre a transição demográfica e a evolução da provisão de renda para aposentados no Brasil e estima a expansão do regime de previdência complementar.
Os resultados destacam maior evolução do déficit fiscal, caso não seja implantada a reforma. Em paralelo, traz à luz a oportunidade para desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro.
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