Este artigo consiste em um ensaio teórico acerca do Clima Organizacional, que se constitui como um construto de ampla utilização em Gestão de Pessoas. Não obstante, o clima tem sido abordado de várias maneiras e são inúmeras as definições e modelos que o explicam. Sabe-se que não há um consenso a respeito de sua definição e mensuração. Neste ensaio foram confrontadas e analisadas as pesquisas recentes e tradicionais sobre o Clima Organizacional.
Reunir pesquisas sobre Clima Organizacional, apresentando suas divergências teóricas endógenas e particulares à ótica de cada autor que contribuiu para sua criação, buscando evidências sobre as diferenças existentes entre as abordagens dos atores.
Existe uma série de divergências acerca dos conceitos e dimensões de Clima Organizacional, não sendo novidade, conforme Patterson et al. (2005), Bispo (2006), Puente-Palacios e Freitas (2006), Thumim e Thumim (2011), Schneider, Ehrhart e Macey (2012), Peña-Suares et al. (2013) e Rocha, Pelogio e Añez (2013). Neste sentido, a metáfora envolvendo o monstro de Frankenstein (SHELLEY, 2012), cabe como oportuna, uma vez que este construto se torna uma soma de partes de outros construtos.
Este artigo é um ensaio teórico que se utilizou de uma metodologia denominada pesquisa bibliográfica, por contemplar a análise de pesquisas sobre clima desde a década de 70 até os dias atuais. De acordo com Gil (2009), a pesquisa bibliográfica envolve a investigação de artigos, publicações, livros sobre temas que precedem a pesquisa de campo.
No tocante à análise do construto perante pesquisas brasileiras, observou-se a construção de escalas com dimensões envolvendo construtos de outra natureza como liderança, satisfação, cultura organizacional, etc, fazendo uma analogia com o monstro de Frankenstein, uma criatura formada pelas partes de outrem. Trata-se da natureza do construto CO, onde na construção dos instrumentos, gestores e pesquisadores não se eximem da necessidade da inclusão de outros construtos para formação do instrumento.
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