RESUMO
Código: 986
Tema: Temas emergentes e modismos em gestão de pessoas

 

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Frankenstein Por Natureza: Reflexões Teóricas Acerca do Clima Organizacional
 

Este artigo consiste em um ensaio teórico acerca do Clima Organizacional, que se constitui como um construto de ampla utilização em Gestão de Pessoas. Não obstante, o clima tem sido abordado de várias maneiras e são inúmeras as definições e modelos que o explicam. Sabe-se que não há um consenso a respeito de sua definição e mensuração. Neste ensaio foram confrontadas e analisadas as pesquisas recentes e tradicionais sobre o Clima Organizacional.

Reunir pesquisas sobre Clima Organizacional, apresentando suas divergências teóricas endógenas e particulares à ótica de cada autor que contribuiu para sua criação, buscando evidências sobre as diferenças existentes entre as abordagens dos atores.

Existe uma série de divergências acerca dos conceitos e dimensões de Clima Organizacional, não sendo novidade, conforme Patterson et al. (2005), Bispo (2006), Puente-Palacios e Freitas (2006), Thumim e Thumim (2011), Schneider, Ehrhart e Macey (2012), Peña-Suares et al. (2013) e Rocha, Pelogio e Añez (2013). Neste sentido, a metáfora envolvendo o monstro de Frankenstein (SHELLEY, 2012), cabe como oportuna, uma vez que este construto se torna uma soma de partes de outros construtos.

Este artigo é um ensaio teórico que se utilizou de uma metodologia denominada pesquisa bibliográfica, por contemplar a análise de pesquisas sobre clima desde a década de 70 até os dias atuais. De acordo com Gil (2009), a pesquisa bibliográfica envolve a investigação de artigos, publicações, livros sobre temas que precedem a pesquisa de campo.

No tocante à análise do construto perante pesquisas brasileiras, observou-se a construção de escalas com dimensões envolvendo construtos de outra natureza como liderança, satisfação, cultura organizacional, etc, fazendo uma analogia com o monstro de Frankenstein, uma criatura formada pelas partes de outrem. Trata-se da natureza do construto CO, onde na construção dos instrumentos, gestores e pesquisadores não se eximem da necessidade da inclusão de outros construtos para formação do instrumento.