RESUMO
Código: 186
Área Temática: Gestão Socioambiental

 

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Uma Visão Administrativa do Mercado de Carbono
 
O objeto deste artigo é a análise do Protocolo de Quioto, mais precisamente de um de seus mecanismos de flexibilização : o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e seu Mercado de Carbono. Propõe-se verificar a viabilidade administrativa e econômica do Mercado de Carbono, que é um mercado novo, porém com perspectivas de ser relevante e irreversível, pois o planeta vem se aquecendo gradativamente. Empregou-se a metodologia de coleta de dados: pesquisa exploratória de tipo “desk-research” com uso de dados secundários de teses e artigos técnicos do SEMEAD/USP. Conclui-se que o Protocolo de Quioto provocará um período de quebras de paradigmas e de mudanças de rumo na tomada de decisões institucionais. A gestão ambiental tenderá a deixar de ser uma questão externa às ações corporativas. Ela influenciará a opinião pública, e as empresas que possuírem passivos ambientais sofrerão, provavelmente, desvalorização de suas ações ou serão preteridas por outras que sejam ambientalmente corretas. Apesar do cenário ser teoricamente favorável, ainda há muito a ser discutido, principalmente diante da responsabilidade do governo brasileiro. A queimada descontrolada e criminosa que acontece na Floresta Amazônica é responsável por 30% da poluição total emitida pelo Brasil. A inércia estatal durante tantas décadas, gerarão um passivo ambiental que nossas empresas não poderão assumir. Não se tem obrigações imediatas de redução de nossas emissões, porém isto acontecerá à partir de 2012. O empresariado tem que se preparar e se posicionar de forma firme e inequivocada.