| Apesar de todos os indicativos que a preocupação com carreiras cresceria rapidamente nos 90, como resultado de um mercado cada vez mais competitivo, a exemplo do que aconteceu na década anterior nos Estados Unidos e na Europa, pesquisas coordenadas por DUTRA (2002) demostraram que no Brasil apenas 2% dos entrevistados tinham um projeto pessoal estruturado de carreira. Alguns aspectos podem explicar esta baixa atenção, como: características culturais do brasileiro, que não valoriza o planejamento de carreira, mercado de trabalho pouco competitivo para pessoas com maior nível educacional e a inexistência de estímulos à reflexão sobre o futuro profissional nos lares, nas escolas e nas empresas.
Mas as incertezas de hoje limitam as organizações de prever necessidades de pessoal, ao mesmo tempo, o “achatamento” da hierarquia reduziu as oportunidades de promoção. Em conseqüência, o planejamento de carreira é algo feito cada vez mais individualmente pelos funcionários, e não pela organização. Tornou-se responsabilidade do funcionário manter atualizados seus conhecimentos, suas habilidades e suas capacitações e preparar-se para as futuras tarefas (ROBBINS, 2004).
A proposta deste artigo é apresentar uma abordagem interdisciplinar sobre o assunto, ao aplicar os conceitos de Modelo de Negócios de Gary HAMEL (2000) – apresentados em seu livro Liderando a Revolução - ao desenvolvimento de carreira. Objetiva-se assim propiciar a cada profissional, que nos dias de hoje torna-se cada vez mais responsável pelo seu planejamento de carreira, a possibilidade de transpor conceitos aplicados com sucesso na área de estratégia para o posicionamento profissional, buscando maior competitividade no mercado de trabalho. |
