Pesquisa acerca das dificuldades que se antepõem à implantação de um sistema de suporte às decisões estratégicas com uso do Balanced Scorecard (BSC) em uma Universidade particular brasileira. Por meio de estudo de caso e pesquisa bibliográfica e documental, pretende-se descrever o processo turbulento que caracterizou a implantação de uma ferramenta de gestão ligada à administração estratégica em uma Instituição de Ensino Superior historicamente gerida por um modelo informal e estruturada organizacionalmente por relações de parentesco. Observou-se que, dentre 22 causas de possíveis fontes de erros apresentadas pela literatura, 16 delas estavam presentes no caso estudado. Destas 16, a centralização nas decisões e a falta de comunicação entre os grupos de elaboração do BSC e o restante da organização parecem ser as mais importantes.
As últimas versões do BSC elaboradas têm a seu favor o fato de detalharem uma série de indicadores, mostrando possíveis formas de operacionalização para os mesmos. Contra si, apresentam relativa confusão conceitual a que se chegou pelo fato de um único gestor pretender estabelecer maneiras de se aferir o desempenho organizacional. Assim , ao lado de indicadores abrangentes e validados, como os da Avaliação das Condições de Ensino (INEP), contrapõe-se o discutível ranking do Guia do Estudante. Procura-se, também, tudo medir, como a assiduidade dos professores, a assiduidade dos alunos, o índice de requerimentos protocolados etc. Mais ainda, estabelecem-se indicadores redundantes como a taxa de matrícula no semestre e a taxa de matrícula acumulada, dentre outros exemplos existentes.
|