As estruturas em rede vêm se constituindo em uma alternativa prática de organização, oposta às tradicionais pirâmides hierárquicas. Possibilitando processos capazes de responder às demandas de flexibilidade, conectividade e descentralização das esferas contemporâneas de atuação e articulação social, o numero de redes sociais também vem crescendo no Brasil desde a década de 1990. Desta forma, este artigo apresenta o estudo de caso realizado junto à Corrente Viva, uma rede formada por Organizações da Sociedade Civil (OSCs) atuantes na Grande São Paulo. O objetivo geral do estudo foi descrever e analisar a gestão dessa rede através de um modelo conceitual composto por um conjunto de variáveis relacionadas à gestão desta forma de empreendimento social - motivação, modelo de implementação e foco estratégico, liderança, governança, medidas de desempenho e de impacto. A partir dele são ressaltados os ganhos que o trabalho em rede pode trazer para a sociedade, notadamente no caso de redes sociais cuja finalidade é o desenvolvimento de um mundo mais igualitário e justo. Adicionalmente, o estudo realizado demonstra as dificuldades que permeiam o trabalho em rede, principalmente no que tange ao seu gerenciamento, bem como os desafios a serem vencidos no processo de amadurecimento do empreendimento, através da constante aprendizagem e desenvolvimento organizacionais. |