| O presente artigo destina-se a analisar as violências de caráter simbólico vivenciadas por homossexuais masculinos e um bissexual de Juiz de Fora, com destaque para o âmbito profissional. Para atingir tal objetivo, recuperamos trabalhos que tratam da construção da homossexualidade na sociedade, da violência simbólica e sua relação com as não heterossexualidades. Entrevistamos seis homossexuais masculinos e um bissexual por meio da técnica de história oral. Tratamos os dados utilizando a análise de conteúdo qualitativa temática e consideramos duas categorias principais: violência em caráter amplo e violência e trabalho, sendo que está subdividida em a rotina e o agir no trabalho, e desqualificação e exclusão. De modo geral, as manifestações de violência simbólica abrangem uma visão negativa socialmente difundida sobre os não heterossexuais, estereótipos e a temática da não aceitação. No trabalho, tais manifestações também se apresentam por meio da internalização do ponto de vista heteronomativo, exclusão e desqualificação do homossexual. Esses pontos acabam contribuindo para a estigmatização e para a inferiorização das não heterossexualidades. |
