| O objetivo do presente artigo é analisar a vivências de lésbicas com destaque para o ambiente de trabalho, com base na perspectiva da violência simbólica. Revisitamos as pesquisas realizadas em território nacional sobre a diversidade sexual no trabalho e abordamos trabalhos sobre a violência simbólica e sua relação com os não heterossexuais, e sobre a homossexualidade feminina. É uma pesquisa qualitativa com sete mulheres lésbicas e uma bissexual de Juiz de Fora - Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada através da história oral e os dados foram tratados por meio da análise de conteúdo qualitativa com foco no ambiente social e no ambiente de trabalho. De modo geral, evidenciamos a violência simbólica por meio de estereótipos, pela visão da lesbianidade como objeto de fetiche masculino, pelo preconceito diante dos relacionamentos lésbicos, pela invisibilidade e pela não aceitação daqueles que fogem ao padrão heterossexual valorizado. Considerando o trabalho, as violências simbólicas são extremamente sutis e ocorrem como no caso da internalização do ponto de vista que desqualifica os não heterossexuais, avisos relacionados com normas de comportamento, o agir pelo “não dito”, algumas questões e indiretas que remetem aos estigmas das não heterossexualidades e aqueles associados às homossexuais femininas. |
