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Verificar o efeito do sistema de ensino superior na mobilidade social dos egressos dos cursos de administração em uma região do estado da Bahia.
A pesquisa classifica-se como descritiva e qualitativa, à medida que trabalha as peculiaridades e as relações entre os elementos do fenômeno, procurando identificar os significados presentes nos dados analisados. Para observação dos dados foi realizada análise de conteúdo, bem com a realização de entrevistas semiestruturadas com alguns atores envolvidos no processo e em outros casos foram utilizados questionários.
Foi utilizado o conceito de mobilidade social definido por Sorokin (2012) e Lins (1999) como toda a passagem de um indivíduo ou de um grupo de uma posição social para outra, dentro de grupos e de estratos sociais. Para dialogar com a proposta, apresentam-se duas abordagens contrárias. A primeira delas é o conceito de capital proposto por Bourdieu (1996). A segunda a perspectiva institucional de Meyer (1991) que vê a educação como uma instituição.
Nota-se que ao ser exposto às IESs, que possuem condições limitadas, o indivíduo está cada vez mais longe da mobilidade social que deseja, mesmo acreditando que frequentar o ensino superior é suficiente. Assim, o indivíduo pressionado pela sociedade, pelas empresas, pelo mercado cria uma representação social da importância do ensino superior e ingressa em uma instituição com poucas condições para fornecer um conhecimento que credencie para o mercado e que possa promover ascensão social.
O trabalho lança uma discussão sobre o papel desempenhado pelas instituições de ensino superior em regiões distantes dos grandes centros que não conseguem dispor de condições de competitividade com instituições já devidamente credenciadas pelo mercado. E levanta o questionamento de como estas IESs devem se posicionar para dar reais contribuições para que o indivíduo tenha boas chances de ser reconhecido no mercado de trabalho.
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