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Este estudo tem como objetivo analisar como os fatores comportamentais e psicológicos interferem no hábito de adultos jovens a poupar. Busca-se aqui identificar e comparar as motivações da alta e baixa renda em poupar, descrever como os tipos de poupança (residual, contratual e discricionário) relacionam-se com o hábito de poupar, e analisar a influência das metas, autocontrole e visão de futuro no hábito de poupar.
A pesquisa é exploratória e de cunho qualitativo. O objetivo é analisar os fatores comportamentais e psicológicos que interferem no hábito de adultos jovens a poupar. A coleta dos dados primários ocorreu mediante entrevistas semiestruturadas com dezesseis pessoas, oito classificadas como alta renda e oito classificadas como baixa renda. O grupo foi composto por homens na faixa de 25 a 45 anos. As informações foram analisadas pela técnica de análise de conteúdo (Bardin, 1977).
A fundamentação teórica inclui a definição de poupança e descrição de seus tipos Katona (1975). A intenção é contrapor aspectos da escola clássica (Keynes, 1936); com escopos comportamentais do ato de poupar. Assim, o estudo incorpora novas variáveis, como: autocontrole (Kivetz e Keinan, 2006), metas (Soman e Zhao, 2011), visão de futuro (Trope e Liberman, 2003) e motivações (Canova, Rattazzi e Webley, 2005) à investigação dos fatores que estimulam a poupança.
A pesquisa procurou analisar como variáveis comportamentais e psicológicas influenciam no hábito de adultos jovens a poupar. Os resultados evidenciam que o comportamento de poupar é diferenciado em função da alta e baixa renda. Essa diferença de renda interfere nas metas, motivações, percepções de futuro. Parece que a influencia do autocontrole na predisposição a poupar, está relacionada tanto a características de personalidade dos indivíduos quanto à renda disponível.
A contribuição teórica advém da agregação de conhecimentos de áreas interdisciplinares, ao entendimento das variáveis que influenciam na predisposição a poupar. Do ponto de vista gerencial, o artigo pode auxiliar instituições financeiras e bancos de varejo a entenderem melhor quais fatores devem ser considerados na prospecção de clientes para produtos financeiros, como plano de previdência e aplicações de longo prazo.
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