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Diversos estudos apontam que o acesso a educação é fator indispensável para qualquer nação se desenvolver, pois o crescimento econômico, político ou social de um país, se mostra dependente do nível educacional proporcionado à população (ALLEN; SEAMAN, 2010; MACHADO, 2001). Assim, o objetivo desse artigo é analisar a relação de simetria entre níveis de acesso à educação superior e desenvolvimento regional, partindo de uma análise empírica nos 853 municípios de Minas Gerais.
A pesquisa parte da análise de dados do IBGE – cidades@ com o propósito de analisar a existência de correlações entre variáveis ligadas à educação superior com indicadores de crescimento econômico, mensurados através de taxas de empreendedorismo, níveis de desemprego e produto interno bruto municipal. Para o tratamento dos dados, foi utilizado o software estatístico Gretl, por meio da técnica de regressão múltipla, visando estimar e validar os parâmetros dos modelos propostos.
Diversos autores asseveram que o potencial educacional tem reflexos positivos no crescimento e desenvolvimento regional (BERTOLIN, 2011; COSTA et al., 2011; ALLEN; SEAMAN, 2010; PETERS, 2010; POCHMANN, 2004). Nesse sentido, os países bem posicionados na chamada “nova economia” são aqueles com investimentos intensivos na educação, e onde essa atividade é desenvolvida de maneira mais qualificada, surgindo a necessidade de se discutir sobre as políticas públicas brasileiras de expansão da educação.
Os resultados da pesquisa estabelecem uma relação de simetria, entre níveis de acesso à educação superior, com aumento nos níveis de empreendedorismo, crescimento econômico local e redução de desemprego. Assim, políticas públicas ligadas à ampliação do acesso à educação superior poderiam contribuir para o crescimento econômico municipal, principalmente em municípios menores, em que se evidenciam baixos percentuais de acesso à educação superior e índices de desenvolvimento econômico menores.
Os resultados da pesquisa têm implicações relevantes para políticas públicas de governos municipais, estaduais e federais, na medida em que estabelecem uma relação empírica de simetria entre níveis de acesso à educação superior com taxas de crescimento municipal, indicando o sistema Universidade Aberta do Brasil como uma importante estratégia de ampliação do ensino superior, permitindo maior desenvolvimento de municípios com baixos níveis de acesso a educação superior e crescimento econômico.
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