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Analisar o processo de institucionalização da Feira de Artesanato da Beira Mar em Fortaleza, Ceará, utilizando o modelo de Tolbert e Zucker (1998).
A pesquisa se classifica como sendo qualitativa, documental e de campo, onde foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 29 feirantes e foram analisados documentos fornecidos pela Secretaria de Cultura de Fortaleza e pela Secretaria Executiva Regional II. Os dados coletados foram analisados através da técnica análise de conteúdo.
O processo de institucionalização de Tolbert e Zucker consiste em três fases. Na habitualização, surgem mudanças que levam as empresas a desenvolverem novos arranjos estruturais em resposta aos problemas organizacionais. Quando a estrutura começa a tornar-se permanente, atinge-se a objetificação, que envolve a difusão da estrutura com certo grau de consenso social e crescente adoção. A sedimentação pressupõe a continuidade da estrutura, abrangência da difusão e sobrevivência em longo prazo.
Os resultados mostraram que o principal fator que motivou o surgimento da Feira foi o econômico, pois as pessoas buscavam um meio de sobrevivência, sendo os feirantes os principais atores nesse processo. Constatou-se que os impactos positivos trazidos pela Feira foram a geração de empregos e renda, e que a Feira se encontra no estágio de sedimentação. Ao longo deste processo de institucionalização da Feira, predomina o isomorfismo normativo, seguido do isomorfismo coercitivo.
Mostrou-se, com este artigo, as profundas mudanças ocorridas em uma das Feiras mais conhecidas do Ceará à luz da Teoria Institucional, identificando como um objeto do cotidiano dos fortalezenses tornou-se um dos mais marcantes símbolos da cidade, conquistando sua legitimidade através da luta dos feirantes junto aos órgãos públicos.
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