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A implementação contínua do trabalho em grupo nas organizações criou uma necessidade de se entender melhor os processos que levam à eficácia. Como o trabalho em grupo tem sido o preferido pelas organizações de trabalho e a aprendizagem grupal foi correlacionada a outros níveis de aprendizagem e desempenho (EDMONDSON et al., 2007) são importantes investigações acerca do tema.
O projeto de estudo pretende responder à questão: os estímulos e a prontidão à aprendizagem influenciam diferentemente a aprendizagem grupal? Ainda, a aprendizagem grupal influencia diferentemente os resultados organizacionais? Desta forma, o objetivo deste trabalho é apresentar um projeto de estudo de campo para analisar o impacto dos estímulos e da prontidão à aprendizagem sobre os processos de aprendizagem grupal e destes sobre os resultados organizacionais.
O teste empírico do modelo proposto para investigação que avaliou o impacto dos processos de aprendizagem grupal, estímulos à aprendizagem (EA) e prontidão à aprendizagem (PA) nos resultados da aprendizagem realizado por Sessa et al. (2011) foi limitado a grupos de projetos formados por graduandos, apenas um fator de PA foi investigado e os instrumentos de medição apresentaram baixa confiabilidade reduzindo a confiança nos resultados. Até o momento, os dois fatores de EA não foram definidos.
No mínimo, 127 grupos de 3 a 10 enfermeiros de dois hospitais privados de São Paulo participarão da investigação respondendo a um questionário durante o horário de trabalho e mediante a assinatura do TCLE. Os dados serão analisados utilizando a análise fatorial confirmatória e a modelagem em equações estruturais com estimação por mínimos quadrados parciais (Partial Least Squares – Path Modeling). Para operacionalização dos construtos, serão adaptados e construídos instrumentos de medição.
Espera-se encontrar que os diferentes estímulos e prontidão à aprendizagem estejam diferentemente relacionados aos processos de aprendizagem porque grupos entusiasmados aprendem diferentemente de grupos sob pressão. Deve haver também diferentes impactos dos processos de aprendizagem sobre os resultados organizacionais a curto prazo porque grupos que se encontram transformativamente podem diminuir o rendimento do trabalho (SESSA et al., 2011).
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