RESUMO
Código: 1163
Tema: Simbolismos, Culturas e Identidades Organizacionais

 

Abrir
Arquivo

 
O Uso Imaginário Como Uma Forma de Controle Nas Organizações.
 

Foi utilizado o arcabouço teórico da teoria do imaginário de Durand (2002) que advém da antropologia, o que possibilitou uma forma diferenciada de entender o contexto organizacional e da literatura sobre controle de Pagès et al (2005), dentre outros autores.

Este artigo visa discutir como se dá o uso dos símbolos, na perspectiva do imaginário, como uma forma de controle na realidade organizacional.

Segundo Durand (2002 p.18) o imaginário é o conjunto de imagens e relações de imagens que constituem o pensamento do homem, aparecendo como o grande denominador fundamental na qual se vêm encontrar todas as criações do pensamento humano. O controle pode ser compreendido como o processo através do qual o comportamento de pessoas e coisas é circunscrito aos objetivos das organizações (TANNENBAUM, 1968). Está fortemente ligado ao de poder (WARHURST, 1998).

Pesquisa com abordagem qualitativa (MERRIAM, 1998). Os dados foram coletados a partir da observação nos sites da Tigre, Natura e Nestlé. Foi utilizada a mitocrítica (DURAND, 1992) que é um método de crítica centrado no processo compreensivo sobre o relato mítico inerente ao significado e evidencia nos dados, os mitos diretores e suas transformações significativas. Mostra que cada modelo cultural tem certa espessura mítica onde se combinam e se afrontam mitos diferentes (ROCHA PITTA, 2001).

O regime diurno estava presente no que se refere à questão de gênero, já que era a imagem masculina que deveria ser valorizada em detrimento da feminina. Observou-se a noção de gigantismo através do discurso da grandiosidade da empresa e do seu mito de fundação. Verificou-se que a estrutura organizacional remete à ideia de ascensão. O regime noturno também estava representado pela figura do mediador e sábio incorporada pelo líder.