RESUMO
Código: 1280
Tema: Apreçamento de ativos

 

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Incorporação de Momentos Superiores Para Precificação de Ativos Financeiros
 

O desenvolvimento da moderna área de finanças iniciou-se a partir da década de 1950, porém suas principais teorias, como a teoria de carteiras e o modelo CAPM supõem um investidor eficiente em termo de média-variância. Porém, haja vista que as séries financeiras se afastam da distribuição gaussiana, leva-se a questionar qual a relevância dos momentos superiores na precificação de ativos e é neste foco que a presente pesquisa está compreendida.

Nesta pesquisa, procura-se focar no poder de previsão dos higher moments ou momentos superiores para precificar os ativos financeiros buscando responder a seguinte questão de pesquisa: Existe contribuição dos momentos superiores (higher moments) para precificação de ativos financeiros? Com isso, busca-se estudar a relação desses momentos superiores condicionais com o retorno condicional e a importância atribuída a esses momentos.

O trabalho de Markowitz (1952) com a teoria de carteiras e o modelo CAPM se Sharpe (1964), Lintner (1965) e Mossin (1966) reconhecem que o investidor é média-variância. Porém, os fatos estilizados das séries financeiras remetem que as mesmas possuem assimetria diferente de zero e curtose diferente de três, parâmetros da distribuição gaussiana. Assim, a teoria financeira foi evoluindo para expandir seus modelos para acrescentar os momentos superiores.

Pretende-se partir dos trabalhos de Harvey e Siddique (1999), Brooks et al. (2005) e mais recentemente o de Wen et. al (2013) para estudar a dinâmica dos momentos superiores e também realizar uma abordagem qualitativa visando aperfeiçoar o entendimento acerca dos momentos superiores do ponto de vista de profissionais de mercado e da academia para situar as diferenças e similaridades entre esses grupos e, inclusive, compreender se há consenso de opinião sobre o tema.

Embora em fase inicial, a pesquisa espera encontrar parâmetros significativos para as variáveis dos momentos superiores. Kraus e Litzenberger (1976) argumentam que resultados de estudos anteriores que estavam de encontro com o esperado pelo modelo CAPM foram devido a não incorporação da assimetria na análise. Harvey e Siddique (2000) apontam que a assimetria condicional é significativa. Brooks et al. (2005) apontam que a curtose condicional é significativa.