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Novas tecnologias podem levar o consumidor a uma percepção positiva ou negativa em relação ao que seja novidade. Esta percepção, aliada às características pessoais do consumidor, pode afetar a adoção de novas tecnologias (PÁDUA JÚNIOR, 2012). Para Barcelos (2010) a juventude demonstra menor medo no manuseio, principalmente por ter acesso à mesma desde os mais tenros anos de idade. Para os jovens, a tecnologia significa acesso mais fácil à informação, tornando-os consumidores mais exigentes.
Este estudo tem como objetivo verificar se aspectos relacionados às dimensões distância do poder e coletivismo versus individualismo, presentes na cultura, influenciam no caráter inovador para adoção de novas tecnologias.
Nas últimas décadas constata-se mudanças de cunho tecnológico as quais têm superado barreiras físicas e temporais, levando a novos comportamentos advindos dos recursos da tecnologia (PARASURAMAN, 2000). Guess (2004) afirma que a cultura age como orientadora na seleção de decisões. Para Hofstede (2011) a cultura trata-se de uma programação coletiva da mente que distingue membros de um grupo, podendo inclusive influenciar e orientar decisões de determinado grupo.
A pesquisa caracteriza-se como exploratória, descritiva e causal com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado em uma amostra composta por 301 discentes do curso de Administração de uma Universidade na região Sul do Brasil. Para análise dos dados utilizou-se os software SPSS® versão 22 e AMOS® versão 22.
A análise descritiva revelou que, quanto às dimensões da cultura, os entrevistados apresentam uma característica de pequena distância do poder e uma posição individualista. Quanto ao caráter inovador, os respondentes apresentaram um perfil pioneiro em abraçar novas tecnologias. Já na análise causal a dimensão do individualismo tem influência significante (p-value < 0,05) sobre o caráter inovador, e a dimensão distância do poder não tem influência significante (p-value > 0,05).
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