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A forma como se encara a aposentadoria depende das relações que os indivíduos constroem ao longo da vida, dos valores e da trajetória pessoal. A aposentadoria pode ser vista como momento de descanso, sem compromissos e formalidades decorrentes das relações de trabalho ou como momento de crise por poder gerar perdas simbólicas e concretas. Assim, os programas de preparação para aposentadoria cumpre papel de auxiliar pessoas nessa transição (trabalho-póstrabalho).
Pretende-se nesse artigo discorrer sobre o processo aposentadoria em associação ao programa de preparação. O intuito é o de analisar, da perspectiva dos servidores públicos aposentados e em fase de pré-aposentadoria da Prefeitura Municipal de Itabira, o Programa de Preparação para Aposentadoria, “Novos Caminhos”.Além do processo de aposentadoria em si, outra aspecto a se considerar como passível de gerar conflitos é envelhecimento como etapa do ciclo de vida.
O capítulo traz considerações dos autores acerca da aposentadoria por ser um período de reestruturação de valores e revisão de interesses incluindo a questão do envelhecimento e dos programas de preparação para a aposentadoria que podem ser vistos como instrumentos de apoio em processo de transição de vida e carreira. O propósito foi o de construir referências que pudessem dar crédito científico às considerações feitas a partir dos dados empíricos colhidos.
A metodologia adotada para o estudo foi ancorada na abordagem qualitativa e no método de pesquisa de campo, configurando-se como de natureza descritiva. O universo do estudo foi a PMI – Prefeitura Municipal de Itabira. A amostra foi selecionada pelo critério não probabilístico por tipicidade sendo o Setor de Ação Social da PMI. Os instrumentos de coleta foram as entrevistas semi-estruturadas e formulário estruturado.Os dados foram analisados através da análise de conteúdo.
O programa “Novos Caminhos” parece atingir funcionalidades próprias à gestão de pessoas nas organizações, como também concorre para que, mesmo em fim de carreira, os servidores nutram-se de sentimentos favoráveis, gerando benefícios para eles e a empresa ao mesmo tempo. No que tange à aposentadoria como etapa de um processo de carreira que finda, os entrevistados revelaram-se adaptados às suas condições, no sentido de administrar vida profissional e pessoal livre de desequilíbrios ou disfunções.
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