RESUMO
Código: 48
Tema: Governança e dividendos

 

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Rodízio de Auditores Independentes Nas Instituições Financeiras Que Negociam Ações Na Bovespa e Reflexos Nos Relatórios dos Auditores Independentes
 

Assunção e Carrasco (2008) afirmam que a rotatividade dos auditores independentes foi introduzida no Brasil por ocasião dos escândalos corporativos de importantes instituições financeiras; tendo como principal objetivo preservar a independência do auditor e, consequentemente, diminuir os erros e fraudes relacionados ao trabalho de auditoria nas demonstrações contábeis.

As Instituições Financeiras realizaram o rodízio dos auditores independentes dentro do prazo previsto e determinado pelas normas e quais os impactos decorrentes deste processo nos pareceres de auditoria? A partir da problemática contextualizada, este estudo tem como objetivo principal analisar se as instituições financeiras realizaram o rodízio dos auditores independentes por motivo regulatório imposto pelo Banco Central do Brasil ou espontâneo.

Dantas (2012) defende que a troca dos profissionais de auditoria pode evitar erros relacionados à continuidade dos negócios, como quando o auditor, por excesso de conservadorismo, restringe a possibilidade da entidade continuar operando no futuro, algo que não se confirma posteriormente; e quando a empresa entra em descontinuidade logo após ter recebido pareceres sem ressalvas de qualquer espécie.

Trata-se de uma pesquisa descritiva e documental. Das 27 instituições financeiras listadas na BOVESPA, somente o banco BTG Pactual S.A foi excluído da análise por divulgar, apenas, dados referentes aos anos de 2010 e 2011. Por isso, a amostra é composta por 26 instituições financeiras e no total, 294 pareceres foram investigados.

A maior parte das instituições optou por substituir seus auditores independentes logo no primeiro ano de trabalho ou depois de decorridos quatro anos; que alguns bancos descumpriram o prazo da troca, permanecendo por mais de 5 anos com a mesma firma antes da CVM permitir a faculdade; que as “Big Four” auditaram a maior parte dos pareceres; que 85,37% dos documentos analisados não apresentaram ressalva e que a quantidade de modificações é maior quando não há troca da firma de auditoria.